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Avózinha.Susto

Elastik
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Everything posted by Avózinha.Susto

  1. Não é diferente, pois não estamos a debater a razão da mulher para abortar, mas sim o aborto em sí. Não é diferente como? A mulher vai perguntar ao violador se é melhor abortar? E se a tua mulher engravidasse e tu quisesses ter o filho, mas ela pretendesse abortar? Ela faria isso sem te consultar? Claro que são coisas diferentes aerogel... Não podes separar o aborto do contexto em que ele se torna uma opção. Acho eu..
  2. LOL Eu já nem comento. Interpreta como quiseres karoxa. Esse cérebro é que já anda karoxado. Lê bem o que se diz e não interpretes á tua maneira. Tás a deturpar tudo. lol Quanto áquilo que a Matahari disse sobre o pessoal cair em cima de alguém que é da opinião da maioria... olha que não é estupidez nenhuma. Eu já acompanho este fórum há alguns anos e sei bem que isso é verdade. Não sei como ela descobriu tão depressa, mas garanto que não fui eu que comentei. Se responder a uma pergunta com outra pergunta é argumentar eu vou ali e já venho. Ninguém disse que vocês não sabiam argumentar, ninguém vos chamou de burros. Simplesmente se disse que muitas vezes vocês só levantam questões e esquecem-se de responder ás nossas. Mas tu deturpas tudo pá..
  3. Acho que toda a gente devia ir votar, nem que seja em branco. Pelo menos mostram que não estão de acordo com a formulação da pergunta do referendo. MataHari ok, obrigado. Sinceramente pensei que a tentativa de suicídio era algo punível com prisão.
  4. vai ler os meus 1º post's talvez fique supreendido.. por exemplo o argumento de que a mulher tem o direito de fazer o que quer com o corpo dela é do mais barbaro que existe... na minha opinião... Eu sei qual era a tua opinião ao início. Mas a minha neste momento mudou em relação ao início. Por isso é que te perguntei, mas, se se mantêm igual, ok. Também acho isso uma barbaridade porque se as mulheres e homens tivessem o direito de fazer o que quisessem com os seus corpos, o suicídio não seria um crime. O que meu mais critico é o facto de os apoiantes do SIM dizerem que a campanha do NÃO é manipuladora, quando a campanha pelo SIm também é manipuladora. Na minha opinião, o exemplo mais flagrante é a ocultação de factos. Não vi ainda nenhum movmento pelo SIM que fosse transparente o suficiente para mostrar ao povo quais são os vários métodos de uma operação abortiva. Acho que é fundamental que uma pessoa vá votar tendo em consciência essa realidade. Apesar das más condições das clínicas clandestinas, o processo mais arcaico será efectuado exactamente da mesma forma numa clínica com condições, só que menor risco de perigo para a saúde da mulher.
  5. Avozinha.... só se forem pais do aborto dito legal! O aborto tem barbas, e por mais incrível que pareça, continua a ser efectuado de forma tão percária como antigamente "La aparición del aborto se confunde con los inicios de la humanidad. En la historia de la medicina aparecen informes desde el Antiguo Testamento y en la literatura de los primeros siglos se hace referencia a él. Uno de los documentos más antiguos sobre materiales y métodos para producir el aborto, data de los tiempos del Emperador Sheng-Nung en la China Legendaria, 23 siglos aC. El código de Hamurabi permitía el aborto a las solteras pero no a las casadas. Los griegos y los romanos legislaron acerca del aborto; Sócrates admitía el aborto por voluntad de la madre; Aristóteles lo aceptaba en los casos de un excesivo número de hijos; Platón en Grecia, insistía en el aborto en toda mujer mayor de 40 años; sin embargo Hipócrates prohibía el aborto de manera categórica en los términos de su juramento. El cristianismo proclamó el derecho a la vida, no sólo del niño sino también del feto, haciéndose cada vez más rigurosas las sanciones penales contra el delito del aborto1. En Colombia el aborto es un delito contemplado en el Artículo 122 del Código Penal." Só um cheirinho... -_- "A Alemanha de Adolf Hitler foi o segundo estado no mundo que legalizou o aborto - nas nações ocupadas pelos alemães. O próprio Hitler sublinhou que "face à existência de famílias numerosas na população nativa, é para nós muito vantajoso que as raparigas e mulheres façam o maior número de abortos possível", ameaçando fuzilar "o idiota que quisesse introduzir legislação proibitiva do aborto nos territórios ocupados de leste". E Martin Borman acrescentava que "a fecundidade dos eslavos é indesejável. Que usem preservativos ou raspagens - quanto mais, melhor"." "Mas o primeiro estado do mundo a liberalizar o aborto foi a União Soviética de Vladimir Lenine, em 1920. Apresentado como o grande bem da história da humanidade, o aborto foi, portanto, pela primeira vez legalizado graças a estas "duas grandes figuras modernas", verdadeiros símbolos do "progresso e da justiça": Hitler e Lenine. Desde aí, esta "conquista do povo" foi ganhando lugar nas legislações de outros estados, através principalmente de mentiras, falsificações e manipulações." tal como disse, aborto legal e o mais incrível é k temos filósofos como Sócrates ou Aristóteles k já na altura defendiam a legalização do mesmo... Pois mas esses senhores praticavam sexo anal com os seus pupilos. Para além de apoiarem o abrto, eram pedófilos.
  6. Ok anjuna aceito a tua opinião. Mas já apelei para que não se encare como argumento tudo o que se diz. Facto e argumento são coisas bastante distintas. O que eu quis dizer foi que para esta discussão, é relevante falar de todos os aspectos sociais, culturais, económicos, legais, morais que possam estar relacionados com a problemática. Mas falar de factos não implica que se esteja a argumentar em favor daquilo que eles possam efectivamente sustentar. Entendeste? Mas agora peço-te uma coisa e gostava que me cedesses essa resposta. Falas das estratégias manipuladoras do Não. Qual é a tua opinião acerca das estratégias do Sim? Qual a sua relação com as estratégias utilizadas pelo Não? São diferentes? Igualmente manipuladoras? São transparentes?
  7. Concordo muito contigo! Para quê ver telejornais? Principalmente o da TVI com o seu sensacionalismo horroroso. Uma vez vi uma sequência de três notícias no mesmo Jornal da Noite. As palavras chave das mesmas notícias eram: 1- Milagre 2- Herói 3- Casa assombrada LOL Olha acho que fazes muito bem em ler jornais e revistas. Comparando com a tv olha... podes ler as notícias que quiseres e as vezes que quiseres, pela ordem que quiseres. Mais, podes ler as notícias e tens o pensamento liberto para reflectir, ao passo que na TV existe uma ordem sequencial e isso leva o teu pensamento a ser conduzido por essa sequência. Ou seja és passiva e as imagens "controlam" o teu pensamento. Não sei se alguém já referiu isto porque não li as páginas todas, mas vivemos numa era de simulacros e simulações. Os mass media têm muita culpa nisso. Isto é, a forma de actuação deles cria uma hiper-realidade. Com esse termo entenda-se que fazem desvanecer as fronteiras entre o real e o fictício, entre a verdade e a mentira. Isso não quer dizer que o real não exista, mas sim que está escondido por detrás do simulacro. Isto pode parecer abstracto mas na verdade é muito simples. reparemos num exemplo que todos conhecemos: Os ataques de 11 de Setembro. No dia 11 de Setembro ocorreu um acto de terrorismo e muita gente entrou em pânico. Nos dias que se seguiram, a reprodução de imagens foi tão intensa que o nível de pânico nas pessoas foi constantemente alimentado, quando na verdade o perigo era infinitamente menor do que no dia 11. Isso se entende por hiper-real. Parece que o real já não é real, mas sim constituído por modelos de simulação baseados em referenciais de realidade. Isto dá pano para mangas, mas se se interessarem pesquisem sobre o filósofo pós-moderno Jean Baudrillard.
  8. anjuna cada um vê as coisas da forma que quer. Vocês defendem que cada um age em consciência, logo isso legitima que qualquer pessoa possa encarar como uma criminosa a mulher que aborta. Outros não vêm assim. Mas com a lei actual, ou seja, em termos legais a mulher que aborta é uma criminosa. Por isso, o argumento é razoável. Quanto a associar o aborto ao terrorismo, não é algo ridículo. Se fizeres uma pesquisa histórica, muitos historiadores e teóricos afirmam que Hitler e Lenine são os "pais do aborto". Baseiam essa afirmação no facto de Hitler incentivar o aborto para facilitar o apuramento da raça ariana. E Lenine incentivava essa prática para travar a explosão demográfica. Quanto á economia, a despenalização do aborto vai ter os seus efeitos na economia do país. Parece-me perfeitamente relevante falar nisso. Lembro-te que tu afirmaste mais do que uma vez que Portugal està entre os 10 países mais ricos. Sinceramente nunca percebi como isso pode ser verdade, mas se achas essa temática tão irrelevante não terias referido isso tantas vezes. E a MataHari não chamou burro a ninguém, muito menos a ti. O facto de ela te ter corrigido não foi pa te humilhar. Acho que sabes disso. E não é "discução", mas sim discussão.
  9. Coff, coff... Fiquei na dúvida se te incluis no povo português ou não... A MataHari generalizou, mas nem é assim tão errado o que ela disse. Acho que ela se estava a referir à população mais velha. Moony tens que admitir que tu, eu ou outra pessoa que tenha um mínimo de eloquência, vai para as zonas interiores do país com o seu paleio de saco e as pessoas vão atrás. Por exemplo, quando aqueles burlistas foram para essas zonas pedirem às pessoas para lhes darem o seu dinheiro em escudos para trocar por euros. Entendes o ponto de vista? E não só, basta o padre usar o sermão na missa para fazer propaganda a favor do não para que muita gente vá atrás dele sem questionar o porquê. Por isso concordo que o povo (ou grande parte dele) não está em condições de votar neste referendo. Mas pode acontecer o mesmo que em 1998, com uma percentagem de abstenção incrível. OBcecado eu não estava a falar de ti particularmente. No texto que o spock inseriu na página anterior diz a mesma coisa. Mas respondo-te que a crítica contra ao SIM é menos cerrada do que aquela feita ao NÃO. Basta ver por aqui, estão cerca de 20 pessoas a debater contra 3. Kitsale podias ao menos ter respondido à minha pergunta. É por essas e por outras que eu caguei para este tópico. A MataHari tem razão, vocês só sabem questionar e muitas vezes esquecem-se de responder ás nossas questões. Estamos constantemente a ser atacados e numa proporção de completa desigualdade. Este debate devia ser feito de 3 contra 3. Assim é que dava pica. Agora temos 20 pessoas a mandar postas contra nós e nós procuramos responder a todas ao mesmo tempo que levantamos as nossas questões e vocês muitas vezes ignoram-nas.... Já tinha dito isto algumas vezes nas páginas anteriores. Assim não dá pica. Olhem sabem que mais? Vou abrir outro tópico! Mas quero que saibam que achei este de debate altamente, foi do best mesmo!! E conseguiram mudar um pouco a minha opinião, pelo menos a minha mente está um pouco mais aberta. Beijosss
  10. kitsale só mais uma coisa. Isso do síndroma pós aborto.. não estava a usá-lo como argumento. Sinceramente nem acredito muito nisso. Sem querer atacar ninguém em específico, acho que há aqui uma tendência muito grande para entender, de forma geral, que qualquer afirmação de qualquer uma das partes serve para atacar a outra parte. Acho isso muito mau. Quanto ao facto de sermos um dos últimos países europeus a adoptar a lei despenalização, isso para mim não é argumento. Como o MAIA disse, a evolução não se dá por unilateralidade (eu diria unidirecionalidade) ou paralelismo em todos os casos. Se fosse assim, talvez um dia queiramos todos ser como os EUA, já que é um dos países mais desenvolvidos do mundo. Lembro que o desenvolvimento económico nem sempre é sinónimo de desenvolvimento sócio-cultural.
  11. então tb deviam adverter as mulheres grávidas que, se decidirem ter o filho, podem vir a sofrer de Depressão pós-parto..... e agora em quê que ficamos? Não Mantas...isto és tu a não compreendero que leste.... E uma mulher grávida ou que pretende engravidar não deve saber isso à partida? Quanto às questões legais que tu criticaste, não vejo qual é o mal em se falar disso. Nunca é demais aprender algo novo. Acvho eu... Sónita talvez tenha compreendido mal. Faz o favor de me explicar então. Uber compreendo o teu ponto de vista. Não queria parecer extremista (e não tava a ser), mas mantenho o que disse. Abraço! MAIA olha tá tudo. Tive quase pa te responder, mas não vale a pena tarmos aqui à batatada. Desculpa mas que só te queres armar com o teu palavreado. Ao menos põe tradução nas coisas que escreveste em latim. Era fixe escreveres numa linguagem que todos percebessem. Fazes lembrar aqueles intelectuais que escrevem opiniões em revistas e quase ninguém percebe nada. Não há mal nenhum em escrever com simplicidade.
  12. Desculpa, sem querer ofender, mas esse é o argumento mais estúpido que já ouvi desde sempre. Mas cabe na cabeça de alguém que se irá obrigar uma mulher a abortar? Isso é uma estratégia do Sim para revoltar as pessoas contra o Não. Porque levam-nas a acreditar que o Não afirma que com a despenalização algumas pessoas irão ser obrigadas a abortar. Isso é tipo a polémica que se gerou no Mundial 2006 com a Inglaterra a lançar afirmações nos jornais e imagens ilustrativas de que os jogadores de Portugal eram indisciplinados e só cometiam faltas feias. Isso tudo para levar os árbitros a não serem benevolentes com os jogadores nacionais. Acho isso jogo sujo. A afirmação abortar por opção sabendo que já bate um coração não tem implícita qualquer mensagem de obrigatoriedade. Muito pelo contrário, a palavra opção fala por si.
  13. Ok. Não fui ao site ainda. Agora com os exames e trabalhos à porta fico sem cabeça e sem tempo. Olha mas o que eu queria dizer é que ao inserires o texto noutro contexto (como aki no ET) sem referirres que ele faz parte da campanha do SIm, qualquer pessoa que não tenha opinião formada sobre o referendo é levada a acreditar que o Não é "o mau da fita". Hoje ouvi na rádio que a plataforma Não-Obrigada lançou um livro com testemunhos na primeira pessoa de mulheres que abortaram e depois sentiram os efeitos secundários físicos e psicológicos. Uma mulher dizia que é um perigo abortar, seja em condições boas ou não, porque há um risco bastante grande de sofrer de Símdroma Pós-Aborto. Antes já tinha lido no jornal que o SIM desmetiu essa afirmação dizendo que é baseada num estudo americano nos anos 50 e que o risco não é assim tão grande. Estão também a levantar-se outras questões relacionadas com o aborto que poderão surgir com a despenalização do aborto. Ainda não sei bem quais, tenho que me informar. Mas a frase que ouvi foi que o aborto é apenas a ponta do iceberg.
  14. É precisamente isso que te estou a dizer. Os argumentso do NAO estão somente enunciados e não fundamentados. Os do SIM estão fundamentados. Uma pessoa que não esteja dentro do assunto ou sem opinião formada, ao ler este texto é automaticamente seduzida a apoiar o SIM. Não existe nada que iluda? Fogo spock não gozes comigo. Está claramente visível a tentativa de manipular. Apesar de apenas te conhecer só no meio virtual, sei que és um gajo inteligente. Ou então estás tão vidrado na tua posição que nem consegues ver que o texto é a favor do sim. Eu sei que para ti fazem sentido, mas é ilusória e já te dei o exemplo da parte da abstinência sexual e contracepção, e quiseres logo à noite leio tudo com atenção e de certeza que encontro alguns mais. Sejamos sensatos caramba. Olha eu já não tou aqui para atacar os apoiantes do sim.Não sei se leste o testamento que deixei aqui de tarde. Agora quero é discutir com calma e sensatez. E gostava que também fosses. É que nota-se mesmo a ilusão criada pelo texto dado que, volto a repetir, somente enuncia as objecções (sem as fundamentar) e automaticamente as refuta na réplica de uma forma muito consistente. Só o facto de ser parcial denuncia manipulação. Desculpa lá...
  15. Não li o texto com toda a atenção, mas ponho para já três objecções. Acho que diferenciar IVG de aborto pode levar as pessoas a equivocarem-se e consequentemente não atribuir o mesmo grau de gravidade de acto em ambas as designações. Em termos legais pode não ser a mesma coisa, mas em termos práticos é. A réplica e objecção não são igualmente fundamentadas (apesar de que a objecção é uma objecção e a réplica é uma resposta a essa objecção) e é visível a parcialidade(seria de boa fé contrastar os argumentos em posição de igualdade, não?) . Logo issso denuncia uma posição favorável a uma das partes. Tem piada dizer que a objecção é de carácter manipulativo nalguns argumentos que dita, quando o próprio texto, dotado de uma retórica notável, é ele próprio manipulativo. Quanto à parte que fala de abstinência sexual e da falha dos métodos contraceptivos, lembro que numa relação sexual é possível usar vários métodos contraceptivos reduzindo até à nulidade o risco de gravidez. Pode-se considerar que essa afirmação oculta a solução para o problema, solução essa que é bastante acessível. Ou seja expõe o problema da contracepção não ser eficaz, transparecendo a ideia de que a única forma de evitar esse risco é a abstinência sexual. Mais uma vez, manipulação. Outra coisa, o facto de o texto apresentar erros ortográficos demonstra logo que não foi devidamente pensado e revisto, o que reduz logo a sua credibilidade e a do(s) seus(s) autores. Como já havia dito ontem, se se pretende um referendo baseado num debate sério, informativo e esclarecedor é preciso as pessoas estarem atentas ao carácter manipulativo da retórica. spock devias ter lido o texto primeiro. Apesar de ele estar bem fundamentado nalgumas partes, é visível a tentativa de sedução que ele contém. Criticaste a manipulação por parte do não mas acabaste por fazer a mesma coisa, mas acredito que tenha sido sem querer.
  16. spock eu tava na tanga contigo, não percebo nada de direito. Acredito que tenhas razão e que a MataHari também tenha, mas não sei quem tem a razão maior. Acho que isso só um juiz poderia decidir. É para isso que existem os julgamentos, senão bastava ir aos Códigos para decidir um crime. Morgaine não tava a dizer como um argumento, mas como um facto que constatei. Mas não digas que o "Não" não tem argumentos. Se este tópico tem quase 90 páginas de certeza que não é por pura concordância. Pype tens razão, o homem também devia estar implicado na lei. Sempre defendi isso, mas esqueci-me de referir isso desta vez, desculpa não queria ser mal entendido. Hoje não sei porquê, estou-me um bocado a marimbar pa isto. Tou cansado desta discussão. Sinceramente já nem me interessa se o Sim ganhar. Consegui mudar algumas mentes (talvez não aqui, mas gostava que sim) e isso para mim já representa uma vitória. Mas lembro que neste tópico a discussão desenvolveu-se numa luta de praticamente entre 20 pessoas contra 4 e isso só prova que o Não também tem peso, a avaliar pela sua duração, e, ao que parece está ainda pouco perto de terminar. Aos poucos começo a aceitar que as pessoas (especificamente os apoiantes do Sim) têm o direito de decidir em consciência. E como diz a magadiba, cada um tem as suas experiências de vida e só isso é o suficiente para que as pessoas não encarem o mesmo problema da mesma forma. Acho que isso ninguém pode mudar. E não sou o pvo e os apoiantes do Não também não são o povo inteiro. Por isso se a vontade do povo for decidir democraticamente que o aborto deve ser despenalizado, então que o seja. Como disse num post anterior, este momento é um momento de ruptura na nossa sociedade. Ruptura no sentido de o povo querer reformular os valores pelos quais vivem e se regem. Espero que isso traga benefícios para nós e para as nossas mulheres como vocês esperam que venha a ser. Mas continuo e continuarei sempre a achar que este referendo é um erro. Não me sintirei derrotado se o Sim ganhar. Para mim a derrota seria levarem-me a questionar aquilo em que acredito. Mas isso nunca acontecerá. Como se costuma dizer, "não há machado que corte a raiz do pensamento". Eu tenho os meus valores e defendê-los-ei até ao fim da vida. Há uma coisa que fiquei a sentir com esta experiência. Uma modificação algo profunda no sentido em que acho-me mais completo. Descobri em mim uma fé que não sabia existir. A fé na vida, mais forte do que a liberdade de escolha. Descobri também que sinto um prazer imenso em refutar e ser refutado. Aprendi algumas coisas importantes e espero que todos também. Espero que outras problemáticas venham a ser discutidas como esta foi. Achei magnífico. Aliás, tou a ser um bocado mentiroso. Já há algum tempo que comecei a aceitar que as pessoas têm direito de decidir. Mas o prazer que me dá vir aqui e contrariar as pessoas e ser contrariado por elas numa forma acesa de discussão é mais forte do que a vontade de transparecer o que realmente sinto. Quero parar neste tópico porque, como disse há pouco, estou a arranjar atritos com algumas pessoas. E sei que mais cedo ou mais tarde vou frequentar os mesmos espaços que elas e não é agradável sentir um clima de hostilidade, até porque temos amigos em comum. Aliás, não tinha nada contra essas pessoas e gostaria de resolver as coisas pelo melhor. Para finalizar, vou votar Não e mesmo que o Sim ganhe não vou ficar revoltado com isso. Com toda a certeza não vou apoiar as mulheres e homens que decidam abortar sem justa causa (justa causa no enquadramento da minha opinião), pois não mudo a visão de que quem faz as coisas assim é cobarde e egoísta. Mas respeitarei o seu direito de escolha. E juro que farei alguma coisa, se puder, pelas mulheres e homens que, apesar da falta de condições, queiram ter os filhos à mesma. Não quero com isto dizer que deixe de escrever neste tópico. Simplesmente tou cansado de chover no molhado. Mas se vir que se levantam questões do meu interesse, podem bem contar com a minha opinião, por vezes algo grosseira. Mas eu gosto de ser assim. Então até logo, ou até já! Avózinha
  17. E tu não fizeste a mesma coisa? Tu é que começaste a dizer que o feto não tem personalidade jurídica, logo não tinha direitos. Ou seja, tu é que pegaste por aí e cuidado, porque o MAIA pode dizer-te que isso é uma falácia!! Os do Não são tão manipulativos e os do Sim são tão transparentes que até explicam às pessoas como são os processos de aborto. Fala o roto para o nú, né? lol
  18. Avante o comunismo! E os padres e os médicos! Enfim, os conspurcadores da sociedade.
  19. Obrigado! Por este andar, com este tópico devo chegar aos 10 000 e esse vai ser pa ti.
  20. Tá-se bem karoxa. Fica na tua que eu fico na minha. Mas não vamos tar sempre a bater todos na mesma tecla. Acho que a partir de agora seria mais saudável discutir outras vertentes relacionadas com esta questão. Como por exemplo a MataHari e o spock começaram a discutir as questões legais e tou a achar isso muito fixe. Cada um já demonstrou muito bem a sua posição e acho que se continuarmos no mesmo, a hostilidade fica cada vez maior, e eu não quero isso porque já tou a ter atritos com algumas pessoas do fórum e não gosto nada disso. Abraço.
  21. Lol entendam-se os dois. Eu de direito não percebo nada.
  22. Sim, o que disseste não é mentira. Mas contextualiza as coisas bem. Repara: O feto possui o direito de adquirir a herança logo após o momento da concepção, mas só a adquire realmente após o nascimento. Como a Matahari disse, é um direito condicionado pelo nascimento. É uma questão de temporalidade, entendes?
  23. Mas repara que antes de nasceres já tens personalidade jurídica no sentido em que tens o direito de ser herdeiro do património dos teus pais, por exemplo. E mais, se a mãe consumir drogas ou álcool durante a gravizez e o filho nascer com algum mal-formação derivado disso, ele pode processar a mãe, sabias? Não sei bem quais são as determinações necessárias para isso poder acontecer, se é preciso ter uma idade minima para o fazer, talvez. Mas vou tentar informar-me e depois digo.
  24. És um bocado mal informada, sabes! A lei atribui direitos aos nascituros, p.exemplo, podem ser objecto de heranças e doações. o nascituro não é considerado pessoa, embora receba proteção legal e a sua personalidade é "subordinada ao nascimento com vida, a aquisição de direitos surgidos desde a concepção subordina-se ao evento futuro e certo do nascimento com vida". A corrente da personalidade condicional, também chamada de teoria concepcionista, "sustenta o início da personalidade do nascituro a partir da concepção, com a condição de nascer com vida.", caracterizando-se então uma condição resolutiva.Para a doutrina verdadeiramente concepcionista, a personalidade começa desde o momento da concepção, quando, então, o nascituro é considerado pessoa. .... é tudo uma questão de pontos de vista, de bioética e de biodireito Ficas tão sexy quando falas assim.
  25. Grandemente penalizados? Quem e quando? Quantas mulheres que praticaram abortos clandestinos foram realmente penalizadas? Quase nenhuma! Muitas foram a julgamento mas acabaram por não ser penalizadas. Foram expostas e isso foi uma forma de humilhação. Mas acho que é merecido, dado a natureza do crime. Monny, na minha opinião "condenar" e "não apoiar" são coisas diferentes. É certo. Mas o facto de não condenar não leva a pessoa a votar "sim". Acho que isso era ir contra os seus princípios, ou não?