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Aerogel

Elastiko
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Everything posted by Aerogel

  1. NF: Hum... não falem muito comigo hoje, acordei mal disposto, depois de me ter deitado com uma vontade de esganar alguem... Que vida complicada às vezes... RAIVA! :hammer:
  2. Aerogel

    Desabafos

    Ui ui... sem dúvida. Até acho que nunca deixamos de amar ninguem... (isto no caso de alguem que não nos faz deixar de gostar... por desgosto, por raiva, etc...) os sentimentos podem ficar mais esbatidos, podem não ter mais um futuro, podem ter realidades diferentes... mas não são esquecidos. E no caso do presente, porque não gostar de duas ou mais pessoas da mesma maneira? Esta sociedade, os seus valores e imposições, dizem que apenas podemos ter um parceiro de cada vez, que temos que ser fieis e monógamos. Mas lá por haver estas "regras" será que nos temos que reger por elas? Porque não gostar de várias pessoas? Porque não gostar tanto delas que não façamos distinção sobre de quem gostamos mais ou menos? Não será esta questão, apenas mais um exemplo da programação que recebemos desde que nascemos? Não são estes os valores que são impostos? Por exemplo... este problema será mesmo um problema num país onde a bigamia seja um factor cultural? Embora me pareça uma visão mais reductora e machista, nos países onde um homem pode ter várias mulheres, penso ser possível esse homem amar mais do que uma, com a mesma intensidade... e se não fossem esses mesmos factores sociais, culturais, porque não uma mulher ter um ou mais homens, e consequentemente gostar de mais do que um? O nosso "coração" é tão grande... temos amor para dar a todos... Quem é que disse que só se pode gostar de uma pessoa ao mesmo tempo? Os limites que conhecemos para nós, são apenas limites impostos... porque somos livres para fazer o que quisermos, para ser quem quisermos ser...
  3. Já faltam menos de 2 anos... está quase! Mas para 2006 vou mesmo meter pelo menos 2 semanas de férias, e vou para lá acampar uma semana antes, nem que tenha que ficar no parque de campismo. E só de lá volto uma semana depois... hehehe Alguem se junta a mim?
  4. Eia amigo... e não és feliz só por saber que faças o que fizeres, vai ser sempre porque queres? Acho que atingi a minha felicidade por isso mesmo. Agora sou eu que decido, e erro, claro. Mas erro sabendo que posso errar, e que apenas terei que tentar de uma outra maneira. Não desisto, tento contornar... Começamos a ser felizes quando começamos também a descobrir quem somos, e tudo aquilo que podemos ser...
  5. Está a acabar o verão... e com ele, a "anhice"... Vamos voltar para o dia-a-dia de sempre... e voltar a ter muito para fazer, e consequentemente, pouca vontade... Vem aí o Inverno... e com ele o frio, e as botinhas altas, quentinhas!
  6. Estou a ouvir uma musica que não sei o nome... nem sei de quem é... está num set, e tem um sample que diz "hasta la vista"... hehehe.... Aqui diz que é um set com Talamasca, Silicon Sound, Cyber Cartel...
  7. NF: Se não fosse chegar agora à conclusão que estive este tempo todo com o ar condicionado desligado, e com um calor insuportável... até me estava a correr bem o dia... hehehe Estou fixe... acordei tarde, estive a fazer o amor com a pessoa que amo... estive na cama até tarde, não vim trabalhar de manhã, ninguem notou... LOL Esta quarta-feira é uma boa quarta feira. Pra mim
  8. Quero deixar aqui também uma referencia a um texto que uma vez li, e penso até que foi no antigo elastik, e que certamente agradará a muitos que ainda não o leram, e dará também uma nova possibilidade para algumas das questões ainda não respondidas... http://dreamgate.org/cantinho/index.php?showtopic=480&hl= Se por acaso este link não der, basta ir a Cantinho dos Elastikos -> Geral -> PENSAMENTOS -> O Universo como um Holograma
  9. O Universo como um Holograma Existe uma realidade objectiva ou o Universo é um fantasma? Em 1982 ocorreu um facto muito importante. Na Universidade de Paris uma equipa de pesquisa liderada pelo físico Alain Aspect realizou o que se pode tornar na mais importante experiência do século XX. Provavelmente, você nunca ouviu falar sobre isto nos noticiários. De facto, a menos que tenha o hábito de ler jornais e revistas científicos, provavelmente nunca ouviu falar de Alain Aspect. Mas há muitos que pensam que o que ele descobriu pode mudar a face da ciência. Aspect e sua equipa descobriram que sob certas circunstâncias, partículas sub-atómicas como os electrões, são capazes de comunicar instantaneamente umas com as outras, independentemente da distância que as separa. Não importa se esta distância é de 1 metro ou de 10 milhões de quilómetros. De alguma maneira, uma partícula sabe sempre o que a outra está a fazer. O problema com esta descoberta é que isto viola a afirmação por muito tempo sustentada de Einstein, que nenhuma comunicação pode viajar mais depressa que a velocidade da luz. E como viajar mais rápido que a velocidade da luz é o objectivo máximo para quebrar a barreira do tempo, este facto estonteante tem feito com que muitos físicos tentassem arranjar maneiras elaboradas para descartar os achados de Aspect. Mas também tem proporcionado que outros procurem explicações ainda mais radicais. O físico da Universidade de Londres, David Bohm, por exemplo, acredita que as descobertas de Aspect implicam em que a realidade objectiva não existe, que a despeito da aparente solidez o universo está no coração de um holograma fantástico, gigantesco e extremamente detalhado. Para entender porque Bohm faz esta afirmativa surpreendente, temos primeiro que saber um pouco sobre hologramas. Um holograma é uma fotografia tridimensional feita com a ajuda de um laser. Para fazer um holograma, o objecto a ser fotografado é primeiro banhado com a luz de um raio laser. Então um segundo raio laser é colocado fora da luz reflectida do primeiro e o padrão resultante de interferência (a área aonde se combinam estes dois raios laser) é captada no filme. Quando o filme é revelado, parece um remoinho de luzes e linhas escuras. Mas logo que este filme é iluminado por um terceiro raio laser, aparece a imagem tridimensional do objecto original. A tridimensionalidade destas imagens não é a única característica importante dos hologramas. Se o holograma de uma rosa é cortado a meio e então iluminado por um laser, em cada metade ainda será encontrada uma imagem da rosa inteira. E mesmo que seja novamente dividida cada parte do filme sempre apresentará uma menor, mas ainda intacta versão da imagem original. Diferente das fotografias normais, cada parte de um holograma contém toda a informação possuída pelo todo. A natureza do "todo em cada parte" de um holograma proporciona-nos uma maneira inteiramente nova de entender a organização e a ordem. Durante a maior parte de sua história, a ciência ocidental tem trabalhado dentro de um conceito que a melhor maneira para entender um fenómeno físico, seja ele um sapo ou um átomo, é dissecá-lo e estudar suas partes respectivas. Um holograma ensina-nos que para explicar muitas coisas no universo, teremos de usar esta nova abordagem. Se tentamos separar algo criado holograficamente, não obteremos as peças das quais esta coisa é feita, obteremos apenas inteiros menores. Esta sugestão é a sugerida por Bohm como outra forma de compreender os aspectos da descoberta de Aspect. Bohm acredita que a razão que faz com que as sub partículas permaneçam em contacto umas com as outras independentemente da distância que as separa, não é porque elas estejam a enviar algum tipo de sinal misterioso, mas porque esta separação é uma ilusão. Ele defende que a um nível mais profundo de realidade estas partículas não são entidades individuais, mas são extensões da mesma coisa fundamental. Para capacitar as pessoas a melhor visualizarem o que ele quer dizer, Bohm oferece a seguinte ilustração: Imagine um aquário que contém um peixe. Imagine também que você não consegue ver o aquário directamente e a única imagem do aquário se dá por meio de duas câmaras de televisão, uma apontada de frente e outra de lado do aquário. Quando você observa atentamente os dois monitores, você acaba presumindo que o peixe de cada uma das telas é uma entidade individual. Isto porque as câmaras foram colocadas em ângulos diferentes, cada uma das imagens será também ligeiramente diferente. Mas se continuar a olhar para os dois peixes, acaba adquirindo a consciência de que há uma relação entre eles. Quando um se vira, o outro faz uma volta correspondente apenas ligeiramente diferente; quando um se coloca de frente para a frente, o outro se coloca de frente para o lado. Se você não souber dos diferentes ângulos das câmaras, pode ser levado a concluir que os peixes estão a inter comunicar, apesar de este, não ser, claramente o caso. Isto, diz Bohm, é precisamente o que acontece com as partículas sub-atómicas na experiência de Aspect. Segundo Bohm, a aparente ligação “mais-rápida-que-a-luz” entre as partículas sub-atómicas está nos dizendo realmente que existe um nível de realidade mais profundo da qual não estamos privados, uma dimensão mais complexa além da nossa própria que é análoga ao aquário. E ele acrescenta, vemos objectos como estas partículas sub-atómicas como se estivessem separadas umas das outras, porque estamos apenas a ver uma porção da sua realidade. Estas partículas não são partes separadas mas sim faces de uma unidade mais profunda e mais subliminar que é holográfica e indivisível, como a rosa previamente mencionada. E como tudo na realidade física está compreendido dentro destes “espectros", o próprio universo é uma projecção, um holograma. Em adição a esta natureza fantástica, este universo possuiria outras características surpreendentes. Se a aparente separação das partículas sub-atómicas é uma ilusão, isto significa que em nível mais profundo de realidade todas as coisas do universo estão infinitamente interligadas. Os electrões num átomo de carbono no cérebro humano estão interligados com as partículas sub-atómicas que compreendem cada salmão que nada, cada coração que bate, e cada estrela que brilha no céu. Tudo penetra mutuamente tudo, e embora a natureza humana possa tentar categorizar, arquivar e subdividir os vários fenómenos do Universo, toda essa divisão é artificialmente necessária e toda a natureza é finalmente uma rede sem sentido. Num universo holográfico, mesmo o tempo e o espaço não podem ser mais vistos como fundamentais. Porque conceitos como a localização, anulam-se perante um universo em que nada está verdadeiramente separado no tempo e espaço tridimensional, também podem ser vistos como projecções de ordem mais profunda como as imagens dos peixes nos monitores. Este tipo de realidade de nível mais profundo é um tipo de super holograma no qual o passado, o presente, o futuro existem simultaneamente. Sugere que tendo as ferramentas apropriadas pode ser algum dia possível entrar dentro deste nível de realidade super holográfica e trazer cenas do passado há muito esquecido. Seja o que for que o super holograma contenha, é ainda uma questão em aberto. Pode-se até admitir, por amor a argumentação, que o super holograma é a matriz que deu nascimento a tudo no nosso universo e no mínimo contém cada partícula sub-atómica que existe ou existirá – cada configuração da matéria e energia que é possível, de flocos de neve a quasares, de baleias azuis aos raios gama. Deve ser visto como um tipo de "depósito" de "Tudo que é". Embora Bohm admita que não há maneira de saber o que mais pode estar oculto no super holograma, ele arrisca-se a dizer que não temos qualquer razão para admitir que ele não contenha mais. Ou, como ele diz, talvez o nível super holográfico da realidade seja um simples estágio além do que repousa "uma infinidade de desenvolvimento posterior". Bohm não é o único pesquisador que encontrou evidências de que o universo é um holograma. Trabalhando independentemente no campo da pesquisa cerebral, o neurofisiologista Karl Pribram, de Standford também se persuadiu da natureza holográfica da realidade. Pribram desenhou o modelo holográfico para o quebra-cabeças de como e onde as memórias são guardadas no cérebro. Durante décadas, inúmeros estudos tem mostrado que muito mais que confinadas a uma localização específica, as memórias estão dispersas pelo cérebro. Numa série de experiências com marcadores na década de 20, o cientista cerebral Karl Lashley concluiu que não importava que pedaço do cérebro do rato era removido; ele era incapaz de erradicar a memória de como eram realizadas as actividades complexas que tinham sido aprendidas antes da cirurgia. O único problema foi que ninguém foi capaz de poder explicar a natureza de "inteiro em cada parte" do armazenamento da memória. Então, na década de 60, Pribram descobriu o conceito de holografia e entendeu que tinha encontrado a explicação de que os cientistas cerebrais estavam à procura. Pribram acredita que as memórias são codificadas não nos neurónios, ou pequenos grupos de neurónios, mas em padrões de impulsos nervosos de tipo cruzado em todo o cérebro da mesma forma que a interferência da luz laser atravessa toda a área de um pedaço de filme contendo uma imagem holográfica. Noutras palavras, Pribram acredita que o próprio cérebro é um holograma. A teoria de Pribram também explica como o cérebro humano pode guardar tantas memórias em um espaço tão pequeno. Tem sido calculado que o cérebro humano tem a capacidade de memorizar algo na ordem de 10 biliões de bits de informação durante a média da vida humana (ou rudemente comparando, a mesma quantidade de informação contida em cinco volumes da Encyclopaedia Britannica). Da mesma maneira, foi descoberto que em adição às suas outras capacidades, o holograma possui uma capacidade de armazenamento de informação, simplesmente mudando o ângulo no qual os dois lasers atingem um pedaço de filme fotográfico, e é possível gravar muitos registros diferentes na mesma superfície. Tem sido demonstrado que um centímetro cúbico pode armazenar mais que 10 biliões de bits de informação. Nossa habilidade para recuperar rapidamente qualquer informação que precisamos do enorme stock das nossas memórias, torna-se mais compreensível se o cérebro funcionar sobre princípios holográficos. Se um amigo lhe pedir que diga o que lhe vem à cabeça quando ele diz a palavra "zebra", você não terá que percorrer uma gigantesca lista alfabética para encontrar a resposta. Ao contrário, associações como "listada", parecida com um cavalo e "animal nativo da África" poderão surgir imediatamente. Uma das coisas mais surpreendentes sobre o processo de pensamento humano é que cada peça de informação parece imediatamente correlacionada com muitas outras - uma outra característica intrínseca do holograma. Porque cada pedaço de um holograma é infinitamente interligada com todos os outros pedaços, talvez a natureza seja o supremo exemplo de um sistema interligado. O armazenamento da memória não é o único quebra-cabeças neurofisiológico que se torna abordável à luz do modelo holográfico de cérebro de Pribram. Outra coisa interessante é como o cérebro é capaz de traduzir a avalanche de frequências que recebe dos sentidos (frequências de sons, frequências de luz, etc.) dentro do mundo concreto das nossas percepções. Codificando e descodificando frequências é precisamente o que o holograma faz melhor. Como o holograma funciona exactamente como um tipo de lente, um aparelho tradutor capaz de converter um borrão de frequências aparentemente sem sentido numa imagem coerente, Pribram acredita que o cérebro também se parece com uma lente e usa os princípios holográficos para converter matematicamente as frequências que recebe através dos sentidos dentro do mundo interior de nossas percepções. Um impressionante corpo de evidências sugere que o cérebro usa os princípios holográficos para realizar as suas operações. A teoria de Pribram, tem, de facto ganho um estatuto crescente entre os neurofisiologistas. O pesquisador ítalo-argentino Hugo Zucarelli recentemente estendeu o modelo holográfico ao mundo dos fenómenos acústicos. Confuso pelo facto de que os humanos podem localizar a fonte dos sons sem moverem as cabeças, mesmo se apenas possuem audição num ouvido, Zucarelli descobriu que os princípios holográficos podem explicar estas habilidades. Zucarelli também desenvolveu uma técnica de som holográfico, uma técnica de gravação capaz de reproduzir sons acústicos com um realismo quase inconcebível. A crença de Pribram que nossos cérebros constroem matematicamente a "dura" realidade pela liberação de um input de uma frequência dominante também tem recebido grande quantidade de suporte experimental. Foi descoberto que cada um dos nossos sentidos é sensível a uma extensão muito mais ampla de frequências do que se suspeitava anteriormente. Os pesquisadores tem descoberto, por exemplo, que o nosso sistema visual é sensível às frequências de som, o nosso sentido de olfacto é em parte dependente do que agora chamamos de “frequências ósmicas” e que mesmo cada célula de nosso corpo é sensível a uma ampla extensão de frequências. Estas descobertas sugerem que está apenas sob o domínio holográfico da consciência e que estas frequências são seleccionadas e divididas dentro das percepções convencionais. Mas o aspecto mais envolvente do modelo holográfico cerebral de Pribram é o que acontece quando ele é conjugado à teoria de Bohm. Concretamente, se o mundo não é nada mais do que uma realidade secundária e o que está "lá" é um borrão de frequências holográfico, e se o cérebro é também um holograma e apenas selecciona algumas das frequências deste borrão e matematicamente transforma-as em percepções sensoriais, o que vem a ser a realidade objectiva? Colocando de forma simples, ela deixa de existir. Como religiões orientais há muito têm afirmado, o mundo material é Maya, uma ilusão, e embora pensemos que somos seres físicos que se movem em um mundo físico, isto também é uma ilusão. Somos realmente "receptores" boiando num mar caleidoscópio de frequências, e o que extraímos deste mar e transformamos em realidade física não é mais que um canal entre muitos do super holograma. Esta intrigante figura da realidade, a síntese das abordagens de Bohm e Pribram tem sido chamada de "paradigma holográfico", e embora muitos cientistas tenham recebido isto com cepticismo, este paradigma tem galvanizado outros. Um pequeno mas crescente grupo de pesquisadores acredita que este pode ser o modelo mais acertado da realidade científica que foi mais longe. Mais do que isso, muitos acreditam que ele pode solucionar muitos mistérios que nunca foram antes explicados pela ciência e mesmo estabelecer o paranormal como parte da natureza. Numerosos pesquisadores como Bohm e Pribram têm notado que muitos fenómenos parapsicológicos se tornam muito mais compreensíveis em termos do paradigma holográfico. Num Universo em que cérebros individuais são actualmente porções indivisíveis de um holograma muito maior e tudo está infinitamente interligado, a telepatia pode ser simplesmente o aceder do nível holográfico. E é obviamente muito mais fácil entender como a informação pode viajar da mente do indivíduo A para a do indivíduo B ao ponto mais distante e auxilia a entender um grande número de quebra-cabeças em psicologia. Em particular, Grof sente que o paradigma holográfico oferece um modelo de compreensão para muitos estonteantes fenómenos experimentados por indivíduos durante estados alterados de consciência. Nos anos 50, conduzindo uma pesquisa em que se acreditava que o LSD seria um instrumento psicoterapêutico, Grof teve uma paciente que de repente ficou convencida que tinha assumido a identidade de uma fêmea de uma espécie pré-histórica de répteis. Durante o decurso da sua alucinação, ela não deu somente riquíssimos detalhes do que sentia ao ser encapsulada naquela forma, mas notou também que uma parte do macho daquela espécie tinha uma anatomia que era um caminho para as escamas coloridas de lado na sua cabeça. O que foi surpreendente para Grof é que a mulher não tinha conhecimento prévio sobre estas coisas, e uma conversação posterior com um zoologista confirmou que em certas espécies de répteis as áreas coloridas na cabeça têm um importante papel como estimulantes do desenvolvimento sexual. A experiência desta mulher não foi única. Durante o curso da pesquisa, Grof encontrou exemplos de pacientes regredindo e se identificando com virtualmente todas as espécies na árvore evolucionária (descobertas da pesquisa ajudaram a influenciar a cena do “homem vindo do macaco” no filme Altered States). E mais ainda, ele descobriu que estas experiências frequentemente continham detalhes obscuros que mais tarde vieram a ser confirmados como certos. Regressões dentro do reino animal não são os únicos quebra-cabeças entre os fenómenos psicológicos que Grof encontrou. Também teve pacientes que pareciam entrar em algum tipo de consciência racial ou colectiva. Indivíduos com pouca ou nenhuma educação repentinamente davam detalhadas descrições das práticas funerárias do Zoroastrismo e cenas da mitologia hindu. Em outro tipo de experiências, os indivíduos forneciam relatos persuasivos de jornadas fora do corpo, relâmpagos pré cognitivos do futuro, de regressões dentro de aparentes encarnações de vidas passadas. Em pesquisa posterior, Grof encontrou a mesma extensão de fenómenos manifestados em secções de terapia que não envolviam o uso de drogas. Em virtude dos elementos em comum nestas experiências parecerem transcender a consciência individual, além dos normais limites do ego e/ou as limitações de tempo ou espaço, Grof chamou a estas manifestações, experiências transpessoais, e no fim dos anos 60 ele auxiliou na fundação de um ramo de psicologia chamada "psicologia transpessoal" e se devotou inteiramente ao seu estudo. Embora a recém fundada Association of Transpersonal Psychology conquistasse um rápido crescimento entre o grupo de profissionais de mente similar, e se tornasse um ramo respeitado da psicologia, durante anos nem Grof nem seus colegas foram capazes de fornecer um mecanismo para explicar os bizarros fenómenos psicológicos que eles estavam a testemunhar. Mas isto mudou com o advento do paradigma holográfico. Como Grof recentemente notou, se a mente é parte de um continuum, um labirinto que não é somente ligado a outras mentes que existem ou existiram, mas a cada átomo, cada organismo e região na vastidão do espaço e tempo, o facto de que seja capaz de ocasionalmente fazer entradas no labirinto e ter experiências transpessoais não poderá parecer estranho. O paradigma holográfico tem também implicações nas chamadas ciências "concretas" como a biologia. Keith Floyd, um psicólogo do Virginia Intermont College, tem pontificado que a realidade concreta é apenas uma ilusão holográfica, e não está muito longe da verdade dizer que o cérebro produz a consciência. Mais ainda, é a consciência que cria a aparência do cérebro – bem como do corpo e de tudo mais que nós interpretamos como físico. Esta mudança na maneira de se ver as estruturas biológicas fez com que pesquisadores apontassem para que a medicina e o nosso entendimento do processo de cura poderia também ser transformado num paradigma holográfico. Se a aparente estrutura física do corpo nada mais é do que a projecção holográfica da consciência, torna-se claro que cada um de nós é mais responsável por sua saúde do que admite a actual sabedoria médica. Que nós agora vejamos as remissões miraculosas de doenças podem ser próprias de mudanças na consciência que por sua vez efectua alterações no holograma do corpo. Da mesma maneira, novas técnicas controversas de cura, como a visualização, podem funcionar muito bem porque no domínio holográfico, imagens pensadas que são muito "reais", tornam-se "realidade". Mesmo visões e experiências que envolvem realidades "não normais" tornam-se explicáveis sob o paradigma holográfico. No seu livro, "Gifts of Unknown Things," o biologista Lyall Watson descreve o seu encontro com uma mulher xamã indonésia que, realizando uma dança ritual, foi capaz de fazer um ramo inteiro de uma árvore desaparecer no ar. Watson relata que ele e outro atónito espectador continuaram a olhar para a mulher, e ela fez o ramo reaparecer, desaparecer novamente e assim sucessivamente, várias vezes. Embora o actual entendimento científico seja incapaz de explicar estes eventos, experiências como tornam-se mais plausíveis se a "dura" realidade é apenas uma projecção holográfica. Talvez concordemos sobre o que está "lá" ou "não está lá" porque o que chamamos de consenso de realidade é formulado e ratificado a nível da inconsciência humana a qual todas as mentes estão interligadas. Se isto é verdade, a mais profunda implicação do paradigma holográfico é que as experiências do tipo das de Watson não são lugares comuns somente porque nós não programamos as nossas mentes com as crenças que fazem com que sejam. Num universo holográfico não há limites para a extensão do quanto podemos alterar o tecido da realidade. O que percebemos como realidade é apenas uma forma esperando que desenhemos sobre ela qualquer imagem que queiramos. Tudo é possível, de colheres entortadas com o poder da mente aos eventos fantasmagóricos experimentados por Castaneda durante os seus encontros com o bruxo Yaqui Don Juan, mágico de nascença, não mais nem menos miraculoso que a nossa habilidade para computar a realidade que nós queremos quando sonhamos. E assim, mesmo as nossas noções fundamentais sobre a realidade se tornam suspeitas, dentro de um universo holográfico, como Pribram postulou, e mesmo eventos ao acaso podem ser vistos dentro dos princípios básicos holográficos e portanto determinados. Sincronismos ou coincidências significativas de repente fazem sentido, e tudo na realidade terá que ser visto como uma metáfora, e mesmo eventos ao acaso expressariam alguma simetria subjacente. Seja o paradigma holográfico de Bohm e Pribram aceite na ciência ou morra de morte ignóbil, é seguro dizer que ele já tem influenciado a mente de muitos cientistas. E mesmo se descoberto que o modelo holográfico não oferece a melhor explicação para as comunicações instantâneas que vimos ocorrer entre as partículas sub-atómicas, no mínimo, como observou notou Basil Hiley, um físico do Birbeck College de Londres, os achados de Aspect "indicam que devemos estar preparados para considerar radicalmente novos pontos de vista da realidade". Tradução do original: Reality - the Holographic Universe - 03/16/97. Arquivo postado como REALITY.ASC na lista KeelyNet BBS em 24 de fevereiro de 1991. * Revisão por Aerogel (24/03/2004) ** Não foram encontradas referências a autor e tradutor
  10. Mantas, partilho quase inteiramente da tua opinião. Só posso acrescentar que ainda sou mais ceptico... parece-me. Não acredito em nada de mais matafisico associdado a deuses, superstições ou crenças. Nem em forças ou outra coisa qualquer. Bem, acho que estou a ser simplista demais... deixo em aberto espaço para a tal energia, que não é mais que a "electricidade" que faz tudo funcionar. Tal e qual num computador, toda essa energia está em todo o lado, durante todo o tempo. Apenas é redirecionada para aqui ou para ali, alterada, manipulada. Se calhar parece-me simplista demais pensar num universo como um código binário, mas essa aproximação parece-me verdadeiramente válida. Poderemos ser nós governado por uma força ou energia assim tão simples, e que ao mesmo tempo seja tão profunda e possivelmente complexa? Dará essa "programação" possibilidades infinitas? Isto não tem muito a ver, mas sinto que poderá servir de alguma coisa para a conversa. Certo dia, em conversa com um amigo, soube de uma experiência que estavam a desenvolver. Embora me pareça algo estranho, ao mesmo tempo é fisicamente possível de fazer e assim sendo, poderemos ter respostas a tantas outras coisas, apenas pelo simples facto de as podermos ver... ou de ver alguma coisa que possa ser ligeiramente possivel.... Bem, voltando à realidade, o que estou a falar consiste num ecrã, estilo televisão, mas mais simplificado, com menos resolução, menos cores.... e nesse ecrã, serem projectadas todas as combinações possíveis de pixeis. Acontecendo isto, depois de um processamento poderoso, teremos todas as imagens possívels de serem mostradas nesse ecrã, logo, nesse ecrã, tudo o que existe, ou não existe, tudo o que possa ser visto ou filmado, tudo o que seja materializavel ou não, aparecerá. Certo? Sei que isto parece delirante, mas tenho pensado nisso. É como ter uma grelha de xadrez, onde vamos experimentando todas as combinações de peças, e no fim, teremos todas as jogadas possíveis. Chamem-me louco...
  11. A realidade não existe. Ninguem consegue ver a "realidade". A realidade é fruto da consciência, é individual e diferente de pessoa para pessoa. A minha realidade, mesmo que vivenciada por outras pessoas, continua a ser o que eu vejo, o que eu sinto, o que eu faço. Vejo-a pelos meus olhos, penso-a pela minha cabeça. Da mesma maneira que o amor é para mim uma palavra com uma identificação baseada na experimentação, no que eu penso e sinto... e é um conceito criado para mim, por mim, o mesmo acontece com tudo o resto. O significado das coisas, mesmo sendo na maior parte das vezes, aceite de maneira global, continua a ser sempre subjectivo. O que é verde azulado para mim, pode ser azul esverdeado para uma pessoa ao meu lado. A interpretação não é exacta, nem as leis que nos regem. Assim sendo, a "realidade" é producto da nossa imaginação. Esta imaginação trabalha em cima da existência, do que está ou não "lá" e não sobre a realidade...
  12. A minha mana é a maior!! A cookie também!! São as duas enormes!! E eu gosto tanto delas!!! Beijos e mais beijos, alguns abraços e uma ou outra palmadita nas costas, assim como quem quer dizer, sou amigo
  13. A amor animal a que me referia, é aquela "amor" do nosso cão quando chegamos a casa, quando lhe fazemos festas, quando o lavamos para correr na praia. Acho que em nenhum dos casos, um cão pode olhar para o "dono" como potencial parceiro sexual... LOL Até posso tentar exemplificar, mas sem querer ser muito fiel a esta ideia... Imaginem aquelas primeiras "mocas" de MDMA, quando se sente todo aquele amor, toda aquela vontade abraçar, de amar, de ser bom para os outros... e quando todas as nossas barreiras estupidamente criadas pela sociedade caem... e então conseguimos ser "humanos" para os outros. É o dar sem querer receber, é o receber sem ter que dar. A troca por troca, a amizade, o amor. E se conseguimos ser assim durante uma moca estupida, porque não fazê-lo no dia a dia, sobrios, aproveitando a nossa natureza mais humana para amar todos?
  14. então sabemos os seis. Eu e tu, tu e eu, e nós os dois! LOL :hammer:
  15. SIM, FORÇA! http://hem.passagen.se/ladylott/bilder/strenght.jpg
  16. Amigo... quase que me pusseste a chorar. Adorei o teu texto. Subscrevo inteiramente o que dizes... Especialmente a ultima parte, acerca da morte. Quem me dera que quando chegasse a minha vez, a pudesse receber de coração aberto, feliz da vida... tal como num BOOM.
  17. Mas os animais são puros, não têm malicia, não são corrompidos pela sociedade... Só querem quem os ame, e quem amar... com todo o "coração". Da minha parte, qualquer animal tem todo o respeito do mundo. Não me sinto capaz de matar uma mosca... mesmo sendo tão chatas...
  18. Já não sei nada... eu quero ir a uma festa... estou a ressacar o BOOM... Voces vão para onde afinal? Levem-me com vocês...
  19. Aerogel

    Hello

    Pronto... é desta que não venho mais cá ver o tópico... voces gostam muito do tacho, mas é muito longe para mim... hehehe!
  20. Eu não gosto é do frio... mas gosto de vestir casaquinhos confortáveis, de me enroscar na Ana... de ficar debaixo dos lençois de manhã, a ver a chuva e o vento a passar fora da janela. Adoro acordar ao Domingo de manhã e ver que está frio lá fora e ficar na caminha, a fumar esses e a ver televisão... O Inverno trás o frio, mas trás também toda a nostalgia do Verão... "Without the sour, the sweet would be a lot less sweeter..." Deviamos era ser todos do mesmo sitio e ir fazer uma enorme fogueira à noite, e ficar na galhofa a noite inteira, quentinhos! AGORA MARCHAVA: estar com vocês... tenho saudades...
  21. Amizade... a partilha de sentimentos e de entreajuda, sem esperar receber nada em troca. Encontro em voces, elastikos, isso. Quantas vezes vos vi, estive com voces, e nada tive que dar... para só receber. Quanto dei de mim, sem que me fosse pedido... Bem prefiro estas trocas do que as prendas do natal, dos anos, ou de quem pensa que dar algo material pode ter valor... Obrigado por me darem tanto... do que eu preciso.
  22. tribolik, ...e também é bom quando nós temos a consciência que eles tem consciência da nossa existência. LOL .boom2004.
  23. Eu sou um dos septicos... não consigo integrar isso... para mim não existe... Mas adorava acreditar, e preferia ainda que fosse real. A minha visão da nossa existencia é bem mais crua, bem mais final.
  24. Agora marchava ter pilhas para a minha máquina do tempo...