Aerogel

Para mim, dançar sempre foi meio complicado... tinha vergonha, talvez por achar que não o sabia fazer. Mas eram outros tempos, outros ambientes, outras realidades. Lá dançava, mas estava sempre preocupado com a figurinha que estava a fazer... insegurança, insegurança, insegurança. Depois conheci o trance... e ele a mim. Demos-nos bem, e agora somos amigos. Quando estou com ele, danço. Quando ele está comigo, faz-me dançar. Perdi as vergonhas, e continuo a perder a cabeça, de cada vez que fecho os olhos e me continuo a mexer, manipulado pela música. Hestya, estou como tu... fecho muitas vezes os olhos. Mais de noite que de dia, pois de dia gosto de ver os meus amigos, os sorrisos e a interecção de todos e do todo! É quase uma barreira fisica, a de fechar os olhos. Quando os tenho abertos, sou mais eu enquanto ser fisico. Quando fecho os olhos, e à medida que vou entrando num estado de trance mais interno, transformo-me. Deixo de sentir todas aquelas barreiras fisicas, a barriga, as mãos, os pés... até estar numa sopa de sentimentos, música, padrões visuais, etc. Se tiver sob efeito de outras substâncias além do pensamento e da adrenalina e serotonina, então isto é exponenciado. Literalmente. Quantas vezes abri eu os olhos, para apenas me encontrar perdido naquele tempo em que tenho que desligar o que o meu cerebro estava a produzir, e começar a aperceber-me do mundo exterior. Não sei se é de mim, mas penso que todos já sentiram isto... estar a dar aquele beijo apaixonado e longo... imerso na sensação dos lábios, dos sentimentos intimos, da entrega a esse mesmo beijo e à pessoa... para no fim, quando esse beijo acaba, ficar num momento ébrio, em que é dificil focar os olhos, em que é complicado perceber mais do que apenas o que se acabou de passar... É um bocado isso que sinto quando abro os olhos... E desde que comecei a fechar os olhos para me ver por dentro, e desde que comecei a dançar como se não tivesse ninguem a ver... que me libertei. Tanto da insegurança, como da timidez. Hoje danço... danço como se não tivesse ninguem a ver... como se eu fosse unico, com a musica. Mas há a parte social... e essa, dou mais valor durante o dia. Se á coisa que adoro, é estar no dance floor para ver os primeiros raios de Sol. Ver as primeiras caras do dia, os primeiros sorrisos e poder passear na pista para comprimentar os amigos. A magia instala-se, e o dia nasce. O calar aumenta, e é possível tirar alguma roupa... Com o dia, acaba o periodo interior, acaba o processo de confronto com o lado negro da minha pessoa. É o revigorar depois de lutar. Há aqui muitos guerreiros da pista... tanto de noite como de dia... eu gosto dos dois. Gosto de aproveitar a noite para estar sozinho, para dançar sozinho, para queimar as calorias. De manhã, é a união. A união que já não é só interior, é também a que exteriorizo e a que recebo abertamente daqueles que partilham... Dançar é a liberdade... dançar é chamar a chuva da liberdade... do extase.

... e enrolar esse!

Exacto, eu vou lá passar umas imagens. Ainda ando a ver se preparo mais material para lá passar, já que me apanharam um bocadinho desprevenido. Mas vamos lá ver como vai correr, heheh!

Os americamos têm intervalos reduzidos... e nem por isso são muito diferentes...

Eu quero LEGOS!

Mana... partiste um pé? Que cena... espero que estejas fixe, e que ele sare depressa e bem! Quero voltar a ver-te bater o pezinho nas festas! As melhoras!

Tem-se visto cada vez mais a utilização de video para complementar as festas, com projecções, tanto de efeitos tipo "screen saver" até imagem real e manipulação digital, bi e tridimensional. Que software usam, que técnicas podem partilhar... Estou a começar agora a fazer uma brincadeiras, a ver se resulta em alguma coisa interessante, mas ainda estou muito por fora da tecnologia. USo preferencialmente o premiere, photshop eventualmente.... mas de resto, ainda não sei o que posso usar...

Em grande! Ser amigo é isto... ser amigo, é também, estar sempre lá para os outros!

Queria ter ido à festa e adormeci aqui em casa... que merda... estou aborrecido hoje... BAH!

És uma linda! Todos te adoramos! Um bom dia de anos, e que estejamos sempre juntos para os celebrar, todos os anos que ainda faltarão! Um beijo enorme para ti, do tamanho do mundo que existe dentro do teu coração!

Dancing has been an important component of many religious rituals. Repetitive rhythmical movement was thought essential to build up to the moment of ecstatic union with the deity. Dancing is a gesture of the whole body which can ally the body with the soul. It is one of the most powerful forms of spiritual or magical ritual. It is a dynamic tool for awakening and stirring the subtle forces and energies of life. True sacred dance is a means of focusing and directing consciousness through physical behavior. It is an outer expression of the inner spirit. Ancient worshipers of the Goddess attributed the initial creation of the universe to her magic dance over the Waters of Chaos, or the Great Deep (Hebrew Tehom). With rhythmic movements she organized the as-yet-unformed elements, making orderly patterns that the Greeks called diakosmos, the "Goddess's Ordering. She is still found even in the Bible, as the spirit that "moved" on the face of the Deep before God spoke the universe into being. "The four-armed Shiva is worshipped as a world-sustaining deity whose cosmic dance (nataraj) expresses the symbolic movements of the universe and the rhythms of ongoing existence. In the Gnostic gospel Acts of John, even Jesus danced and said to his disciples, "To the Universe belongs the dancer. He who does not dance does not know what happens." Early Christian churches carried on liturgical dancing in imitation of all their pagan contemporaries; but a wave of asceticism about the sixth or seventh century outlawed ecclasiastical dancing on the ground that it was too sensual and too much enjoyed by women. Though dance is not regularly practiced in modern Christianity, the bible says (Psalm 150, v 4) to "Praise him with the timbrel and dance." The ab was one of the Egyptian's seven souls that was supposed to come directly from the mother's heart, in the form of holy lunar blood that descended into her womb to take the shape of her child. The hieroglyphic sign for this eminently matriarchal idea was a dancing figure, representing the inner dance of life perceived in the heartbeat. As long as the dance continues, life goes on. Dance, when you're broken up. Dance, if you've torn the bandage off. Dance in the middle of the fighting. Dance in your blood. Dance, when you're perfectly free. -- rumi --" Retirei este texto sobre dança do erowid. Espero que gostem... está em inglês (a sério?) mas dá na mesma!

idem

Adorei este texto... e tenho a certeza que vou ter uma melhor visão das coisas a partir de agora... todos estes pequenos fragmentos me ajudam a perceber o lado bom das coisas, mesmo quando pequenas e supostamente, insignificantes... É bem possível ficar "colado" a qualquer objecto simples durante "horas", mesmo sem recorrer a drogas... Quantas vezes fico a olhar para um nó na madeira, para uma cadeira, para um risco na parece... como se estivesse em acido... e sem ter metido nada... É a vida... hehehe, a minha, pelo menos! Alguem partilha?

Eu gostava de poder dizer isso tambem. Mas se há dias em que a miha mãe me entende e me trata como um igual, há também dias em que sou o verdadeiro filho desnaturado, puto e sem razão no que quer que seja...

Eu não acredito no Pai Natal, mesmo que ele provenha das trips de Amanitas que o pessoal lá para os lados do Norte frio. Mas acredito na imaginação, e na minha abstração mental. Para mim, essa realidade existe sempre que quero, sempre que os meus poucos recursos não me permitem vôos mais altos. Afinal de contas... o que é a realidade? Pode ser o que eu quiser... basta para isso, acreditar...

Sou também, uma vitima desse filme. Aprendi e continua a tirar várias lições novas sempre que o vejo. Tenho especial gosto na parte em que o rapaz se desintegra e vai para "algum" sitio mais metafisico... Gostava de poder explorar mais um bocadinho algumas vertentes do filme, mas tenho que ir embora... está na hora. Mas segunda feira cá estamos para continuar qualquer conversa que se gere por aqui! Uber, gosto de ver que andas por aqui atento! O mundo elastiko precisa de mais mentes como a tua!

Vamos lá estar, certamente. Aconselho a todos os que puderem ir!

Agora marchava chegar aqui o presidente da camara, e dizer-me. Olha lá, tenho reparado no seu trabalho, e acho que merece um aumento de 1500% e já agora, uns 2 anos de férias. Além disso, pegue lá a chave do meu carro, e da minha casa. Tem também aqui um cartão visa de uma conta especialmente criada para si. AH!, É verdade, hoje está dispensado, pode ir embora quando quiser! LOL :hammer:

Os indios dançavam para chamar a chuva...

luar, se estivesses aqui, mostrava-te um filme que te fazia mudar essa visão... és linda, vais ver que daqui a um piscar de olhos, já estás novamente com o teu caracteristico sorriso na cara, e a felicidade no pensamento. Eu sei que sim! Força amiga! :><P:

Mana linda! Também gosto muito de ti e dos restantes elastikos! Bom fim de semana! E de resto? Estaindes todos bons?

São os 3 excelentes filmes... Depois de ver o waking life, e de saber que aquele "casal" pertencia a outro filme, tive que o ver... e é então que aparece o terceiro... ou melhor... o segundo... que ainda não vi, por acaso...

DiT e restantes, aproveita este ultimo post do DiT para remendar mais uns problemas. Se calhar, nós humanos não precisamos de mandamentos extra, ou não precisamos de mudar nada. O que nos falta é a tal injecção de verdade, ou melhor dizendo, de realidade. Grande parte da população vive para o seu umbigo, centrado em si. Tornamos-nos individualistas, e cada vez perdemos mais contacto com o "todo", com o grupo, com a sociedade de parceria, com a entreajuda. Se calhar, estamos a perder muitos dos valores humanos primordiais. Mas esta pode tambem ser uma consequência da nossa própria evolução. Eu prefiro acreditar que não... Mas o que poderia fazer para mudar isto? Bem, segundo os exemplos da nossa história, e segundo a ideia de que tudo se repete por ciclos... adaptado ao presente... voltava à ideia da "guerra". Timothy Leary queria mudar o mundo atravez do LSD. Queria que toda a gente fosse "apresentada" a esta substancia, para assim desenvolver consciências, para abrir novas perspectivas, e talvez salvar o mundo e a direção que a maioria dos humanos leva. Mas não conseguiu... simplesmente não teve a capacidade para o fazer. Portanto, e voltando à ideia da guerra. E se finalmente fossemos contactados por extraterrestres? E se ainda melhor, as suas intenções não fossem logo entendidas? Mesmo que fossem pacificos, isso iria despoletar uma consciencia global, tanto da situação, como da nossa pequena posição no universo. O que aconteceu já muitas vezes na história da nossa Terra e do fenomeno humano quando uma tribo, raça, religião, nação, etc, encontrava um oponente à altura? Guerra muitas vezes, sem duvida. Mas também, a nível interno, uma grande união. Lembram-se do Euro 2004? Por causa de uma "causa" tão estupida, voltamos a ter um Portugal unido, mesmo que apenas por causa do futebol. E na presença de uma forma estranha de vida, de um extraterrestre... teriamos que nos unir a um nível mundial, pelos mais diversos motivos. Havia os conspiracionistas, que acreditariam no "fim do mundo" ou na aniquilação da nossa raça pelos alienigenas, depois os menos pessimistas, que tentariam entrar em contacto, perceber, estudar, etc... Mas o fenomeno nasceria, o tal fenomeno de união. Deixamos de pensar nos Estados Unidos, ou no petroleo, na fome em Africa ou na população excessiva na China... A necessidade de unir esforços teria essa vantagem, a união e a consciência de uma realidade muito exterior à nossa mesquinha sensação de sermos os donos do mundo, do conhecimento, da informação. O ser humano é um menino mimado, que pensa que é o "melhor". Com o surgimento de um novo menino, quem sabe mais inteligente, mais forte, mais avançado, fizesse com que o menino mimado voltasse a pousar os pézinhos na terra... ---------- Não invalido muitas das vossas opiniões, até porque muitas delas parecem-me bem reais e seriam uma boa solução. No entanto, gostava de deixar aqui mais um apontamento tanto para os ultimos textos do Gooyz, como para o Martim. Em relação ao mundo utópico do Gooyz, parece-me ser muito complicado gerir isso. É o mesmo que dizer que um mundo sem guerra e sem fome, prosperaria. Até pode ser possível de imaginar, mas nunca será uma realidade. Somos animais de extremos. Teremos sempre extremos na nossa vida. Haverá sempre o livre arbitrio, e as diferentes vontades, despoletadas por factores culturais, sociais e mesmo patológicos. A paz efectiva, é uma utópia. Viver em paz, e ser pacifico não. Incosma, entendo a tua ideia, mas parece-me um pouco como o filme "Resident Evil" em que uma empresa monopoliza a vida das pessoas. Essa empresa é autosuficiente, cria empregos e dá a boa vida que todos têm. Mas essa empresa, também por não ter concorrentes, torna-se o problema... torna-se capaz de ditar o que os seus "livres" contribuintes têm que fazer, e fá-los viver segundo as suas próprias necesidades. Agora imagina essa empresa... governada por quem? É um pouco levantar as mesmas questões que o DiT... A tal empresa, criaria desigualdades profissionais, administrativas... Deveriam tentar viver uma realidade Marxista? Talvez mudar novamente para um comunismo? Mas mesmo aí... haveria a tal entidade que controlaria... e depois, a plebe para trabalhar... Se calhar, o grande problema da humanidade, é precisar sempre de alguem que mande no individuo... que continua a ser uma fera indomável...

Que soneira... apetecia-me desistir de tudo, só para recomeçar outra vez do zero.

DiT, Pois, eu sei.... não mudava nada... além disso. Talvez... Foi apenas a conclusão mais imediata de hoje. Mas em relação aos outros problemas, acho que se resolveriam muito bem, se a informação que tu, eu e muitos outros têm, fosse mais global e acessível a todos. Quanto mais aprendermos, melhor lidaremos com qualquer situação. Como tudo está interligado, aprender implicaria ser melhor. Aprender inplicaria mais tolerância... Quantas vezes vemos pessoas que não são "melhores" só porque deixaram de querer aprender? Um grande erro humano, é pensar que já se sabe tudo.