vou transcrever aqui um texto do Dalai Lama que meti no blog da oink aqui a tempos e que me parece apropriado:
Dalai Lama:
“Regra geral, as pessoas que cometem crimes são mandadas para a prisão e excluidas da sociedade. Os prisioneiros consideram-se então como maus elementos de que a sociedade não quer mais saber. Sem esperança de poderem melhorar ou começar uma vida nova, comportam-se de maneira violenta com os outros detidos e abusam dos mais fracos. Nestas condições, não têm praticamente quasquer hipoteses de se emendarem.
Às vezes penso no seguinte: um chefe de guerra que mata milhares é considerado um herói, toda a gente acha os seus actos extraordinarios e não deixa de o elogiar. Mas quando uma pessoa completamente desamparada mata alguem, é tratada de assassino, atirada para a prisão ou mesmo executada. Há ainda quem se aproprie de somas colossais sem que alguem os presiga. Outros roubam meia duzia de notas por desespero e são arrastados para a prisão com algemas nas mãos.
Na verdade, somos todos malfeitores potenciais e os que mandamos para a prisão não são piores, no fundo de si mesmos, do que qualquer um de nos. Sucumbiram à ignorancia, ao desejo e à cólera – doenças que nos afectam igualmente a nós, simplesmente a niveis diferentes. O nosso dever é ajuda-los a curar-se.
A sociedade, quanto a ela, não deve rejeitar os que cometeram um erro e são classificados de criminosos. Sendo seres humanos por inteiro, fazem parte desta sociedade tal como nós, e tal como nós podem mudar. É absulutamente indispensavél devolver-lhes a esperança e a vontade de dar outro rumo à sua vida.
Visitei a prisão de Delhi Belhi, na India. Onde uma mulher-policia chamada Kirian Bedi se oucupa dos detidos de uma maneira muito humana. Ela dá-lhes uma especie de ensinamento espiritual, ensina-lhes meditação e inculca-lhes uma paz interior que os liberta do sentimento de culpabilidade. Sabendo que alguem os ama e se oucupa deles, os prisioneiros sentem-se felizes. Ao fim de um certo tempo, ainda antes de sairem em libredade, eles tornam-se pessoas satisfeitas, confiantes nos valores humanos e capazes de viver na sociedade. Para mim isto é um belissimo exemplo do que deviamos fazer.”
E eu não podia estar mais de acordo.