Procuram-se voluntários para as florestas
Programa de vigilância e limpeza tenta evitar nova tragédia
Entre 1 de Junho e 30 de Setembro, o Instituto Português da Juventude vai colocar nas florestas, com a ajuda de diversas entidades, jovens voluntários entre os 18 e os 30 anos. Para evitar uma nova tragédia, os responsáveis promoveram o programa "Voluntariado jovem para as florestas".
Trata-se de um programa de preservação das florestas nacionais por jovens voluntários, que vão vigiar, inventariar as áreas ardidas, limpar, reflorestar e sensibilizar as populações, gastando o Estado cerca de 1 milhão de euros em bolsas diárias e seguros para todos os voluntários.
Em 2004, o projecto-piloto circunscreveu-se a dois distritos mas, este ano, compreenderá todo o território nacional, especialmente em áreas afectadas pela Direcção-Geral dos Recursos Florestais e Instituto de Conservação da Natureza. Para concretizar o programa, o IPJ quer contar com a colaboração de uma série de entidades promotoras, quer públicas quer privadas, como câmaras municipais, juntas de freguesia, associações ambientalistas ou de produtores florestais.
Segundo Conceição Ruão, vogal da Comissão Executiva do IPJ (que esteve ontem no Algarve para apresentar o "Voluntariado Jovem para as Florestas"), este projecto de "dimensão nacional" só terá sucesso com "uma enorme conjugação de esforços", ficando a sua eficácia dependente das "relações de proximidade", entre voluntários e entidades.
A duração de cada projecto poderá ser dimensionada em função da especificidade das características do local em causa (estando a IPJ ainda aberta a sugestões das entidades que entendam haver outras áreas por salvaguardar), enquanto a participação dos voluntários terá duração mínima de 7 dias consecutivos e máxima de 15, podendo o prazo alargar-se, por vontade de todos os intervenientes.
As actividades a desenvolver no âmbito deste programa são a sensibilização das populações; inventariação, sinalização e manutenção de caminhos florestais e acessos a pontos de água; recuperação de caminhos de pé-posto; limpeza e manutenção de parques de merendas; vigilância móvel nas áreas definidas pelas entidades locais de coordenação; vigilância fixa nos postos de vigia; apoio logístico aos centros de prevenção e detecção de incêndios florestais; inventariação e monitorização de áreas ardidas e espécies animais e vegetais em risco; dinamização local de guias jovens da floresta; actividades de reflorestação e controlo de espécies invasoras.
Formação para voluntários
Antes da presença no terreno (sempre coordenados pela Protecção Civil e Bombeiros), os voluntários vão ter formação geral e específica, em diversas áreas (relações interpessoais, informação sobre flora, orientação, cartografia e progressão no terreno, identificação de sinais de alerta e comunicações, por exemplo). Quem se candidatar terá direito a seguro de acidentes pessoais, bolsa diária de 12 euros, vestuário e equipamentos próprios.
As candidaturas dos voluntários poderão ser feitas através do sítio www.voluntariadojovem.pt, nas delegações regionais do IPJ, nas juntas de freguesia, nos serviços desconcentrados da Direcção-Geral dos Recursos Florestais, no Instituto da Conservação da Natureza e em outros a determinar localmente, em função dos projectos apresentados e entidades envolvidas.
Edgar Pires
11 de Maio de 2005 | 18:04
Retirado de: http://www.regiao-sul.pt
...pessoal isto é super importante! espalhem isto por favor!