Padre beija Caetano Veloso na boca
Foi afastado da sua paróquia por dar a missa maquilhado e mascarado.
O padre brasileiro José Pinto, de 58 anos, é conhecido pelas polémicas que desperta. Celebrar a missa mascarado, maquilhado e fazendo representações teatrais são alguns dos exemplo que fazem com que este pároco se destaque. Beijar o cantor Caetano Veloso na boca foi a mais recente das suas polémicas.
Foi no Festival de Verão de Salvador que o religioso deu o beijo que chocou a Igreja brasileira, segundo o Globo Online. Maquilhado, com um chapéu de cowboy e o copo de cerveja sempre cheio na mão, o pároco subiu ao palco para abençoar o público.
«Quando o dia já começa a aparecer, não importa nossa religião, não importa nossa fé, importa o nosso espírito, jovem. Mesmo eu, 58 anos, perdi a peruca, mas continuo como vocês, jovem. Então, vamos em frente!», declarou.
Ainda na festa, pousou para fotografias ao lado de Carlinhos Brown, do ministro das Relações Institucionais Jaques Wagner e do cantor Caetano Veloso, a quem agraciou com um beijo nos lábios.
E nem a alegria do Festival fez com que o pároco se inibisse de fazer críticas aos seus superiores e à Igreja Católica em geral: «Eu camuflei durante muito tempo, como a Igreja gosta. Ela vive muito exactamente a hipocrisia, sabe quanta coisa tem por debaixo do pano».
O padre foi afastado da Paróquia da Lapinha, uma das mais tradicionais da capital baiana, pelo seu método pouco ortodoxo de celebrar a missa. Mas está optimista quanto à sua volta à paróquia: «Meu trabalho é feito com muita honestidade. É um trabalho que tem raiz, de profundidade. E é também de espiritualidade. Não tenho nada a temer», diz ao jornal Globo.
Quanto à possibilidade de ser excomungado da Igreja, o pároco não tem papas na língua: «Para que eu seja excomungado é preciso que a minha consciência me diga que eu esteja excomungado», diz ao jornal brasileiro O Verbo - Notícias Cristãs.
«Eu não fiz nada: não estuprei ninguém, não pratiquei pedofilia [...], não roubei como alguns roubaram, não furei as contas da diocese como alguns fizeram. Agora sou santo? Não, sou o diabo, o pecador, sou limitado, sou fragilérrimo, sou uma pessoa humana», acrescenta.