
DOLPHinTRANCE
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Ambar: Concordo com o que disseste no primeiro parágrafo...mas no segundo generalizaste de uma forma que me leva a crer que a tua experiência e contacto com pessoas em estados alterados de consciência devido ao efeito de substâncias, foi sempre "negativa"... Todos sabemos que a grande maioria dos utilizadores de substâncias dos dias de hoje o faz como forma de alimentar um vicio ou de uma forma puramente recreativa (o que não quer dizer que não possam dessa forma atingir os resultados dos que atingem estados alterados de forma consciente/intencional por quaisquer outros meios...ou que noutro patamar, não possam atingir resultados "positivos")...contudo acho que tens tido algum "azar" se nunca contactaste com pessoas com outra abordagem e resultados conseguidos mediante o recurso a substâncias... Ou então o negativismo que atribuis às pessoas com que tens contactado nesses estados talvez seja fruto do teu próprio negativismo...porque até referes que as pessoas te testemunham que tiveram resultados "positivos", embora tu não os aceites como tal... Mas enfim, é a tua experiência pessoal e vale o que vale...e deve valer tanto quanto a minha que me diz que com substâncias ou sem substâncias, e de forma intencional ou casual, é possível atingir estados alterados de consciência "positivos" e "negativos" (seja lá o que isso for...)... Presumo que com base nessa tua experiência pessoal (e naquilo que aqui disseste) também desvalorizas e/ou negas a validade de cerimónias como, por exemplo, as realizadas pelas tradições xamãnicas...(quando falo em validade refiro-me à capacidade das mesmas para proporcionar "emissões de energia de vibração muito alta" e de características "positivas"...) Não estará a tua intuição a pregar-te uma partida neste caso?...não estarás a interpretar a tua intuição de uma forma unicamente fundamentada nos teus próprios sentidos?...e se assim for, não representará isto um paradoxo?... Uma das caracteristicas que atribuo às pessoas que retiram algo de positivo dos estados alterados de consciência que atingiram (seja de que forma for) é a humildade para não julgar o mundo unicamente pelo aqui e agora e pela sua própria experiência pessoal das coisas...ou seja, são pessoas que têm um grande equilibrio entre a capacidade sensorial e a intuitiva... E como tal são pessoas que "visualizam" possibilidades futuras e amplas e que questionam o significado das coisas numa escala mais global...e que aplicam essas visões nos actos do dia-à-dia... Em resumo são pessoas cuja intuição (ou a interpretação que dela fazem) não os remete "unicamente" para o seu próprio bem estar... Ora alguém que se movimenta nesses estados alterados de consciência mas que não "retira" deles o "discernimento" necessário para no dia-à-dia se conseguir libertar e quebrar as barreiras do subconsciente aparentemente algo preconceituoso em relação às pessoas que utilizam, por exemplo, outras formas que não a sua de atingir esses estados (as quais a colocam perante uma situação que interpretam como uma "ameaça energética" por parte de outrém), talvez esteja ainda numa fase prematura da consolidação do que de positivo esses estados podem ter...e talvez ainda não esteja num patamar que lhe permita interpretar as suas intuições na forma em que elas estão "destinadas" a ser interpretadas... E digo isto sem qualquer pretensiosismo de me achar capaz de o fazer, mas sim com base na minha experiência pessoal que me tem ensinado que o mais importante na intuição, é a forma como lidamos com ela...e o que não me tem faltado são erros pessoais na forma como lido com as minhas...e na forma como as interpreto... Não quero colocar em causa o valor das tuas intuições, e limitei-me a fazer o que costumo fazer com as minhas, ou seja:questionar as interpretações que delas faço no sentido de encontrar o seu "real" sentido... Espero que não me leves a mal por o ter feito em relação às tuas... Brunolas: ...então consideras que seja qual for a abordagem, forma e objectivo com que são consumidas, o acto de consumir uma droga é uma "má acção" e atrai e provoca sempre um "ambiente negativo"?!... Já pensaste bem nisto que disseste?...ou não o disseste exactamente da forma que pensas?...
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...também devo lá dar um saltinho...ou dois...
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...não era bem essa a minha ideia...eu mostrei interesse (caso fique decidido avançar com essa entrevista) em colaborar/participar da mesma...mas tinha na ideia fazê-lo numa perspectiva de, por exemplo, fazer um trabalho repartido ou dar algumas sugestões e ideias...digamos que a minha expectativa era a de fazer um trabalho de equipa... Neste momento isto anda muito mal de disponibilidade...e prevejo que esta situação se mantenha por mais algum tempo visto que como alguns sabem (e entre outras coisas) estou em vias de ampliar a família... Peço imensa desculpa por não ter tido a sensibilidade e o bom senso de o ter dito há mais tempo...mas acho que o melhor a fazer é atribuir o artigo sobre cinema a outra pessoa (o Aerogel mostrou interesse em fazê-lo)...e em relação à entrevista a situação é a que descrevi no primeiro parágrafo...ou seja, estou disponível para participar num trabalho de equipa...(caso, obviamente, outra pessoa que esteja interessada em levar essa ideia avante mostre preferência por trabalhar dessa forma) Confesso também que estive a adiar esta mensagem porque estava na expectativa de que este tópico voltasse outra vez a estar "activo"(com variedade de participações) como esteve durante 2 ou 3 dias...e que surgissem mais ideias, decisões e consensos definitivos (não baseados no "quem cala consente" hehe) quanto ao rumo desta edição (se calhar até os há mas eu ou não estou ao corrente deles)... Abraços.
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...bilhetes à venda (pelo que consegui saber) na Fnac, no CCb e em www.plateia.iol.pt (a 22.5 e a 25€)...e já há poucos... Eu vi-os pela primeira vez (!) o ano passado no FIB (Espanha) e foi um dos concertos mais surpreendentes que vi nos últimos anos...e foi apontado por muitos como o melhor concerto da edição de 2004... Surpreendente também foi o facto de ter encontrado um video desse concerto quando procurava na net informações sobre a venda de bilhetes para este...e se por acaso o quiserem ver ele está aqui... Eu vou estar (salvo algum imprevisto) por lá...alguém se "junta"? Abraço.
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...acho que já está resolvido...confirmam?
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7 Fev 2005- Pagan Mask Dance - Carnival Party
DOLPHinTRANCE replied to DigitalSelf's topic in BOOM.PT-REVIEWS
..."velha guarda" é um rótulo que me remete simplesmente para o tempo a que alguns se movimentam numa determinada área...e nunca foi, não é, nem nunca há-de ser: sinónimo de "boa onda"... Além disso considero que os da "velha guarda" que vão a festas simplesmente com essa postura mais cedo ou mais tarde acabam por deixar de ir...porque se não gostam de nada do que vêem nem pretendem fazer algo para o melhorar não vão continuar por lá muito tempo a menos que sejam masoquistas...ou que vivam à sua custa...e se for este o caso, a única forma de "lutar" contra eles é não investir naquilo que os sustenta...sejam eles artistas, promotores, etc, etc...ou no caso de os mesmos serem "funcionários" e/ou colaboradores de outros...denunciar aos seus responsáveis as atitudes incorrectas que tiveram... (...) E não concordo mínimamente contigo quando consideras impossível a tarefa de reduzir os que vão para uma festa, não para disfrutar dela em pleno, mas sim para "espalhar má onda" pelos que o tentam fazer... Talvez seja impossível de os "erradicar" completamente...mas reduzir o seu número não o é!... -_- ...enfim...opiniões... -
7 Fev 2005- Pagan Mask Dance - Carnival Party
DOLPHinTRANCE replied to DigitalSelf's topic in BOOM.PT-REVIEWS
Vou tentar explicar melhor: -Os que para mim não são muito bem-vindos, são os que vão para lá com a postura de "gozar"/ridicularizar, julgar e recriminar o que os outros estão a fazer... -Sei (porque já o testemunhei muitas vezes) que muita da malta das "terriolas" perto das festas, quando lá vai durante o dia é com essa postura......(obviamente que isto é uma generalização...e que como todas as generalizações não deve ser levada à letra...) E assim de repente lembro-me de duas hipóteses de reduzir e desencorajar o número dos que vão a um "evento pago e legal" simplesmente com essa postura, sem que a forma de o fazer caia em atitudes discriminatórias feitas com base em argumentos como o aspecto ou vestuário: -Cobrar as entradas até ao final da festa...sem fazer distinção entre os que tentam entrar na mesma...(salvo excepções obvias) -Ou, e tal como sugeres, fazer as festas em locais ermos e/ou longe de localidades ou locais de passeio... Isso depende das condições em que o aluguer do mesmo foi feito...e como as desconheço não me posso pronunciar sobre esse direito... -
7 Fev 2005- Pagan Mask Dance - Carnival Party
DOLPHinTRANCE replied to DigitalSelf's topic in BOOM.PT-REVIEWS
hehe Pois...aguardemos então que algum responsável da TranceKarma (se assim o entender...e visto que estão aqui registados) venha esclarecer se foi sua intenção cobrar até tarde...ou se algum dos "responsáveis" pela entrada tomou essa iniciativa à revelia da organização e em proveito próprio... :diabo: À hora que me fui embora (+-12H30...) não me apercebi desse tipo de "movimentações"...mas por saber que geralmente as mesmas não me agradam muito é que não estou contra o facto de que as tentem reduzir...e como tal considero legítimo (se for esse o caso) que se cobrem entradas até ao final... -_- -
7 Fev 2005- Pagan Mask Dance - Carnival Party
DOLPHinTRANCE replied to DigitalSelf's topic in BOOM.PT-REVIEWS
spock: Não percebi o teu post... Estás a afirmar que eles cobraram entradas ao pessoal que ia curtir, e não o fizeram ao pessoal da terrinha? Ou estás a sugerir que da próxima vez só cobrem as entradas ao pessoal da terrinha?... É que se for a segunda hipótese, acho que a mesma é equivalente a fazer a apologia de se seleccionar as entradas e só deixar entrar o pessoal "boa onda" (sabe-se lá baseado em que critérios...)... -
7 Fev 2005- Pagan Mask Dance - Carnival Party
DOLPHinTRANCE replied to DigitalSelf's topic in BOOM.PT-REVIEWS
Gostei! -O espaço escolhido tinha todas as condições e mais algumas...e era muito bonito!...entre outras, aquela ponte sobre o rio "fumegante" era uma imagem mágica... -A decoração estava "simples" mas muito muito bem conseguida...em especial durante a noite... -O chill-out, além de bonito, pareceu-me estar muito acolhedor...mas como não desfrutei dele não me posso pronunciar muito... -Casas de banho de "luxo"...e cinzeiros e caixotes de lixo com fartura...a falta de civismo de alguns é que resultou em que mesmo assim andasse por lá algum espalhado...não era muito mas era mais do que devia... -Em termos de PA o resultado foi muito bom...mas a selecção musical não me agradou muito ao início (cheguei à festa por volta das 2H)... E quando finalmente estava a começar a entrar no som...pufff!...o gerador (penso eu que foi esta a causa) "apagou-se"...isto aconteceu pela primeira vez durante a actuação nocturna e algo dark de Phyx(?) que não merecia o castigo com que foi "presenteado"... (...) Depois o Fatali apoderou-se dos comandos da festa (e segundo me pareceu agarrou-se a eles com "unhas e dentes" hehe)...e na minha opinião, e mesmo com algumas falhas do gerador à mistura, fez um set espectacular!!(eclético...e com muitas melodias à mistura...mesmo como eu gosto... )...que também foi o último que vi porque um pouco "contra" a minha vontade tive que me retirar debaixo de um sol radiante que fez esquecer o frio de rachar que se fez sentir durante a noite... -Quanto ao ambiente...esteve muuuuuitos furos acima da média habitual dos últimos tempos...e aquele amanhecer fez lembrar outros tempos da GoodMood... Em suma:Muito bom carnaval!Muita cor! (com algumas máscaras a captar a essência dúbia do "devidamente mascarados" hehehe)E muitos sorrisos! Parabéns à TranceKarma!...e melhor sorte na hora de escolher o gerador da próxima... PS:Eu não estou contra o facto de cobrarem entradas até "perto" do final da festa...e recordo-vos que existem muitos eventos musicais de outro tipo em que a entrada nem é permitida depois do início do espectáculo... Não digo que o mesmo deva ser feito em eventos deste tipo...mas se eu organizasse uma festa deste tipo um dos objectivos que me proporia era o de tentar que o máximo de gente chegasse, disfrutasse e participasse na festa com alguma sincronia de horários...e tentaria também "reduzir" o número de "mirones" que possam de alguma forma criar desconforto aos que nela participam activamente... -
Vicious: ...eu percebi... ...e temos pelo menos mais uma que é a de ambos gostarmos de ouvir uma boa guitarrada numa festa de trance... :diabo: embora (e sustentando-me em frases tuas que apanhei por aí) a frequência com que eu normalmente as goste de ouvir não seja tão grande como a tua...hehe... WereBear: ...no fundo penso que quase todos temos esse desejo de ir a festas e festivais lá fora...e fazê-lo com regularidade é, naturalmente, um dos meus "objectivos" de vida...o nosso espírito quando estamos fora é muito diferente...mas convém não esquecer que é (na maioria das vezes) em nós, e não nos outros, que reside a maior diferença para melhor... E convém também não esquecer (eu não esqueço nunca...) a "sorte" que temos neste campo das festas e eventos musicais, pelo facto de vivermos em Portugal... Tens e tiveste por cá eventos de qualidade tão boa ou melhor que o que de melhor se faz e fez pelo mundo...e não falo só da cena psytrance...recordo-me bem do orgulho que era ouvir nos primeiros tempos das raves de techno em Portugal, as palavras dos que nos visitavam considerando-nos um verdadeiro paraíso da cena dance music...e melhor do que o orgulho de os ouvir, era o prazer de desfrutar de eventos como o "ilustrativo" e apropriadamente designado : "a week in a paradise called Portugal..."...ou muitos outros que na altura foram feitos em locais que qualquer estrangeiro considerava (quase) impensável no seu país de origem...festas em castelos...mosteiros...enfim...tinhamos do bom e do melhor...e hoje também o temos...e entre outros exemplos, o Boom desde há 8 anos para cá que insiste em recordar isso mesmo aos mais "atentos" e/ou aos que se encontram receptivos a dele disfrutar "sem reservas"... Essa frase (muito bem conseguida )define um pouco do que considero ser o meu "objectivo" de vida...porque a felicidade faz-se disso mesmo, da colecção de "momentos perfeitos"...e da convicção de que a colecção ja conseguida, embora seja "valiosa", ainda não está concluída... ...só faria algum sentido que todos "funcionassem como um", se todos perseguissem "objectivos" (e formas de os atingir) semelhantes...e se esses objectivos não fossem prioritariamente relacionados com o lucro ou com a "promoção pessoal"... Quanto ao restante e no essencial, concordo contigo. -_- Abraços.
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Depende da forma como eu entendo a intenção das perguntas...e a forma como eu as entendo é baseando-me (entre outras coisas) na experiência passada...e como a mesma me revela que são rarissimas as vezes em que me fazem perguntas sobre esse tema, estando receptivos e abertos a tentar perceber as respostas...evito-as...agora se eu sentir que existe um interesse genuino em perceber algo sobre o tema, ou mesmo se eu sentir que a pessoa que me interpela está interessada em saber a minha forma de ver as coisas...acredita que nada me dá mais prazer do que falar daquilo de que gosto... Tal como os rótulos, a presunção também é muito importante na linguagem...hehe...tão importante quanto o acto de esclarecer mal-entendidos...e esclareço-te que não estou em "missão de fé" a tentar cativar "não crentes"...ou seja:"Tou-me nas tintas" para se concordas ou não... Se me dissesses isso começaria por te perguntar: Já entraste em transe?E em transe colectivo?... Presumindo que a resposta era sim (porque doutra forma acharia estranho que fizesses uma afirmação dessas...), dir-te-ia que havia algo que não tinhas percebido na minha interpretação do sentimento de estar em transe...ou que eu não percebia bem o que entendias por estar em transe... É que para mim os sentimentos experienciados nesse estado são de perfeição absoluta...como tal dificilmente haverá algo melhor... Agora se me disseres que existem variadissimas formas de entrar em transe...concordarei a 100% contigo... ...mantenho-me sempre receptivo...e não me "movimento" exlusivamente no seio da "cena trance"...no entanto hoje sei muito melhor o que quero porque já o encontrei "uma" vez...e como tal a busca que faço hoje é mais no sentido de encontrar outros caminhos para atingir o mesmo resultado...ou voltar a encontrar o mesmo, o que também não tem andado muito fácil...hehe... É um instinto natural que se tente proteger o que gostamos, daqueles que achamos que lhe podem fazer mal... Abraço.
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...por acaso esse nem o tenho (está no site da GoodMood)...mas tenho uma rica colecção deles dessa altura... Mas se te queres mesmo "arrepiar" faz uma exploraçãozinha lá no site...até fotos têm... Abraço.
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WereBear: «Bem, quanto ao PLUR, movimentos, ondas, festas, etc. etc. Acho que apenas estão a arranjar desculpas para meter rotulos.» ...os rótulos são um mecanismo eficaz (quando bem utilizados) e indispensável na simplificação da linguagem... «Perder tempo com rotulos? PLUR, trancer, "recem-chegado", não inserido... Não há mais nada que fazer? Mais nada do que pensar? Se estão confortaveis convosco, porque é que se importam com o que os outros acreditam ou deixam de acreditar?» ...falo por mim e nada tenho contra os que não "acreditam" ou contra os que nem sabem que há algo deste tipo para acreditar...tanto que 99% do meu grupo de amigos e familiares mais próximos pertencem a esse grupo...e é raríssimo que eu tenha conversas com eles sobre este tema...mesmo quando são eles que procuram respostas... Agora num fórum em que se discutem especificamente estes temas...e em que eu acredito que se procuram soluções para encontrar o caminho que seja mais eficaz para atingir um determinado resultado...parece-me um pouco descabido que se ache um desperdicio de tempo falar sobre este tema, para mais quando há tantas abordagens que são mal entendidas pelos que têm outras... «Criticar é muito facil, mas os vossos ideiais são muito lindos, sem duvida: Agora metam-nos em prática.» ...vossos?!E tu és o quê?Um sociólogo em trabahlo de campo?! Estou a brincar...e o verdadeiro comentário a esta tua frase, encontra-lo no meu último parágrafo( 2km abaixo...hehe) deste post... ------------------------------------------------------------------------------------------- Vicious: «Quanto à segunda questão, eu até entendo isso do movimento, só não entendo é porque querem misturar movimento com festa...« ..não sei se já percebeste mesmo o que eu entendo por movimento... Ou a verdadeira abordagem que faço ao mesmo... Se calhar a pergunta que mais confusão levanta é: o que há afinal para acreditar ou deixar de acreditar?! Numa biblia do trance?!Num conjunto de regras de etiqueta e vestuário que devem ser seguidas para se ser parte do movimento?! Bahhh :><P: (...) Pela maneira como eu falo (e como alguns de vocês falam...) alguns devem pensar que eu (e outros que têm a mesma perspectiva das coisas) vou a uma festa como quem vai à missa.... :><P: Só para que me "conheças" um pouquito melhor:Eu sempre fui uma pessoa para quem a palavra religião provocava um sentimento de alguma repulsa...além de que não sou nem pretendo ser baptizado... O que procurava eu quando encontrei a música psytrance?O mesmo que com qualquer outro tipo de música:Prazer! O que procurava eu quando encontrei as "festas" de psytrance?O mesmo que nas de outras corrente musicais:Pura diversão! O que procuro hoje nas "festas" de psytrance?Exactamente o mesmo que "ontem"! O que mudou então?Simplesmente a expectativa em relação aos resultados...e a forma como de maneira mais consciente procuro obtê-los... (...) Sempre fui um apaixonado por eventos musicais...concertos...raves..."re-uniões"... Atingi picos de prazer ao assistir a certos concertos que só de me lembrar disso ainda tenho arrepios...e nas mosh's descobri os efeitos positivos da libertação de energia... Nas primeiras raves (techno, house,etc) encontrei uma nova forma de obter prazer com a música...através da dança e dos estados alterados...descobri que se todas as condições estivessem reunidas conseguiria chegar a um ponto em que o prazer ía a patamares nunca antes atingidos através da música...possívelmente, e inconscientemente, foram as primeiras vezes que entrei em transe (individual e/ou em sincronia com sub-grupos do grupo principal)...e possívelmente também foi nesta fase que descobri algo muito muito próximo do que brevemente iria experienciar em pleno...o transe colectivo... Depois...bla bla bla...descobri a música que para mim se veio a revelar ser a mais eficaz para propiciar entrar em transe...descobri qual o local indicado para ter essa experiência...e descobri que melhor que entrar em transe individualmente, é entrar em transe em grupo...e que quanto mais abrangente for o grupo...maior o prazer experienciado... (...) Qual o sentimento (psíquico) de maior prazer que já experienciaste?...O que ocorre durante um orgasmo? Como descreves esse sentimento?(não falo do imediatamente antes nem do depois...mas sim daqueles brevissímos segundos do durante...) Pois eu acho que é um sentimento indescritível e incomensurável de alegria...no entanto tem algo de profunda harmonia...de luz...de despreocupação...de energia...e eu acho que se fosse possível prolongar esse sentimento por mais tempo ficaria evidente que nesse período ocorre uma profunda dissolução do ego...não no sentido de acharmos que "nada valemos", mas sim no sentido de acharmos que valemos tanto como qualquer outra coisa:TUDO!...ou seja uma consciencialização de que todos somos um...uma profunda "comunhão" com o "cosmos"... ...e o que tem a ver o orgasmo com esta história do movimento?...para mim tem muito...porque para mim tudo se poderia resumir naquilo que é o verdadeiro catalizador do movimento, ou seja, a reunião dos que sabem que é possível obter um estado de prazer psíquico similar ao experienciado durante o orgasmo mas prolongado durante muito mais tempo...reunião essa que tem como objectivo atingir esse mesmo resultado...como?Através da dança...da música...e de diversos outros estímulos... Agora os valores...as roupas...os modos de vida e etc...enfim...para mim são resultados catalizados pela experiência do transe...o transe funciona como que uma terapia da alma...e uma vez interiorizados (mesmo que inconscientemente) os sentimentos experienciados durante esse estado, eles acabam por naturalmente influenciar os que experiencias no dia-à-dia...e também toda a tua forma de pensar e ver as coisas... Claro que existem muitas formas de "chegar" aos valores mais "puros" por que se deve reger a vida...e claro que o conceito associado ao PLUR já existe há muitos e muitos milhares de anos...se calhar há tantos quantos aqueles a que se pratica o ritual da jornada rumo ao transe... (...) ...o que há então para acreditar?Que numa "festa" vais testemunhar a aparição de um qualquer deus superior?... ...penso que essa não é a descrição mais correcta...da mesma forma que talvez não seja muito correcto dizer a uma jovem que vai iniciar a vida sexual, que o orgasmo é um momento em que se vêem estrelas e fogo de artificio...não porque a descrição não seja parecida com o sentimento que se experiencia(penso que deve ser...hehe), mas sim porque na realidade ela não vai ver nada disso e poderá ficar desiludida por pensar que o seu orgasmo não teve tanta qualidade como o das amigas...hehe... Para os que não "sabem", o que há para acreditar é que é possível numa "festa" atingir um patamar de prazer que vai muito além das suas melhores expectativas...e que o primeiro passo para atingir esse patamar:é estar receptivo...é acreditar!...ou é simplesmente não perder tempo a tentar ridicularizar e desacreditar os que acreditam...ou os que sabem... Para os que "sabem" o que há para acreditar é que lentamente mais e mais gente vai "saber"...e mais e mais resultados poderemos obter em conjunto... E para concluir relembro outra característica muito interessante deste movimento, que é a de que uma pessoa que "sabe" há muito tempo, saber tanto quanto aquela que passou a saber "hoje"...esta poderá é ainda não ter tanta prática a aplicar esse saber nas acções...embora essa falta de prática também não seja sinónimo de menor eficácia na sua aplicação...
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7 Fev / Progressive in action / Hard Club (Porto)
DOLPHinTRANCE replied to Men@Work's topic in Fevereiro
«ainda não ouvi o set e arriscando-me a dar um tiro no escuro(mas sendo ele de 2003 duvido) , aconselho-te a ouvires outra vez...» ...acho que faz mais sentido que sejas tu a ouvi-lo pelo menos uma vez, visto que eu já o fiz e estou a falar com conhecimento de causa...hehe... Mas visto que até me soube bem ouvi-lo aqui no escritório e baixinho (o que pode ter condicionado a apreciação...), não me importo nada de seguir a tua sugestão e voltar a ouvi-lo mais logo em casa...e com o volume certo... «conheço bem o trabalho deles e até o acho pouco progressivo e bastante psicadélico. Todos os projectos têm as suas influências, Ticon pode-as ter de house/dub/funkie/lounge, mas a base é sem duvida trance...» Não coloco em causa o reconhecido passado de Ticon relacionado com o trance-prog...nem a sua qualidade...mas como disse anteriormente pareceu-me que esse set era mais virado para o house-prog com umas influências de trance-prog...do que o contrário... Mas não estou a fazer finca pé na minha opinião porque sei bem da subjectividade que envolve rotular estilos musicais principalmente quando os mesmos se encontram no limite entre dois estilos... (...) E antes que alguém venha aí com o cliché anti-rótulos...a minha posição definitiva sobre o set é que se insere no rótulo (ops!) dos de que gostei bastante...talvez dispensasse é os constantes gritinhos de fundo...ou talvez não... -
Nicole: Já não é o primeiro artigo que para aqui transcreves em que alteras partes do texto original...e nem reparas que tudo o resto fica um bocado sem sentido... É que por muitas semelhanças que tenhamos com os nossos irmãos brasileiros...o Brasil não é Portugal...
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7 Fev / Progressive in action / Hard Club (Porto)
DOLPHinTRANCE replied to Men@Work's topic in Fevereiro
...eu acho que esse set que está no link é predominantemente virado para o house progressivo (embora também tenha pinceladas de trance-prog)... ...e também acho que esse set associado ao rótulo "Tech-house" que o hard club colocou a Ticon por engano (?)...tornam bastante pertinentes as questões aqui levantadas por alguém que nunca tinha ouvido nada deles... ...acho também que o set tem bastante qualidade "apesar de considerar a sua linha de som pouco ou nada psicadélica"... PS: «Sim...realmente tens razão ,aliás ,nada tem a ver com musica - nem sei porque se ouve musica nos eventos de trance.No outro dia fiquei bem lixado - comprei um cd de trance e tinha musica lá gravada.(eu á espera das revelações de nossa senhora de fátima interpretadas pelo "mestre" goa gil...) (...) para quê dj´s de trance??Tragam mas é um padre carago! Fuck goa nazis» ...lixado lixado é um gajo ir a um evento com o intuito de ouvir boa música, e ter que se vir embora porque um dj que se acha superior ao Goa Gil, tem o "dom" de com duas músicas seguidas mandar dois terços da pista para casa... ...mas mais lixado ainda é depois ainda ter que gramar com esse dj armado em padre, a pregar que a culpa foi do material... :diabo: -
«A minha resposta ao Vortex, tem a ver com a afirmação dele de que o trance não é para todos, supostamente para ele só deviam ir ás festas quem acredita no movimento (pelo menos foi o k entendi)» Vicious: ...eu sei que não é politicamente correcto dizer isto...mas é sincero: Eu ficaria muito contente se chegasse a uma "festa do movimento" e a maioria das pessoas que lá estavam fossem as que nele acreditam...ou pelo menos os que não agem de forma contrária aos valores por ele promovidos... Agora se fizeres um esforço para compreender o que alguns entendem por movimento...e se compreenderes também que este pensamento não se aplica à cena musical...penso que vais passar a ser mais compreensivo com algumas frases do tipo da minha e do Vortex... Abraço.
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«como tu também dizes, o trance já apareceu à não sei quantos anos, eu não acho k seja bem assim, em termos musicais é novo (porque a eléctrónica foi o ultimo avanço musical k surgiu, acho eu) .» Vicious: ...eu falava mais no ritual do transe e não da música psytrance...no entanto e agora que falas nisso, não estarão as verdadeiras raizes do psytrance(electrónico), nos ritmos e músicas que eram executados nos tais rituais ancestrais com tambores, cânticos, etc?... «e os ideais, como já disse não foram inventados pelos trancers» ...depende dos trancers a que te estás a referir...hehe... ...os "trancers" dos dias de hoje não inventaram nada...limitam-se a reutilizar conceitos e ideais que foram utilizados pelos "trancers" dos primórdios dos tempos... PS: «E se algo muda, existem causas q motivam a mudança.Se as coisas mudam p pior, há q identificar as causas e combatê-las, ou não?! » Marina: Eu acho que sim..."combatê-las" no sentido de procurar soluções para encontrar de novo o que de bom se perdeu...e se isso é ser saudosista...então é o que eu sou...
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«uma coisa é certa nunca mais toco house em festas de trance mas tenho tocado trance, breakbeat, techno, prog e house tudo misturado em festas de house e o resultado é bastante diferente.» ...e nesses eventos de house também passas rock, música clássica, pimba, fado e outros estilos musicais não electrónicos?... « se calhar é porque o trance é mesmo muito à frente e nada lhe chega aos calcanhares ou se calhar as pessoas que vão ás festas de house tem outra abertura em relação ao som que ouvem, muito sinceramente não percebi ainda.» Duvido um pouco que ainda não tenhas percebido...mas se for esse realmente o caso...vais sempre a tempo de perceber...mesmo que depois possas não concordar... Se calhar vais descobrir isso no dia em que tentares descobrir, por exemplo, a razão das musicas de psytrance serem mais longas...ou o porquê de dj's que se limitavam a meter músicas e a ter uma boa selecção musical, terem sido e serem tão bem recebidos pelo movimento ... Ou quando descobrires que a expectativa de alguns dos que vão às festas de trance, é algo diferente da dos públicos de outras cenas musicais... Ou quando descobrires o porquê da "história" que é (era?) contada numa festa pelos vários set's que a compõem, assumir para alguns um papel muito mais importante do que em qualquer outro evento musical... (...) Como já disse, eu gosto de house...e duvido um pouco que tenhas maior receptividade do que eu para ouvir diferentes estilos musicais...mas pela minha experiência pessoal sei que geralmente não me entra bem ouvi-lo durante um evento de psytrance...(se calhar a razão disto acontecer é a de nunca ter ouvido um dj que o conseguisse fazer de uma forma que me agradasse o suficiente para mudar de ideias... :diabo: ) No entanto, e já aconteceu, estou bastante mais receptivo a incursões esporádicas pelo psytrance durante um set/evento de house... Ou, e esta acho muito curiosa, fui a uma PSP com o Tsuyoshi Suzuki...e ouviu-se de tudo:electro, house, breakbeat, techno, psytrance,etc...e gostei de quase tudo!...do que é que eu não gostei?...do psytrance!... :><P: Ou podia dizer-te que em todos estes anos em que ando nisto, nunca senti que o meu gosto por outros estilos musicais fosse mal recebido pelo "pessoal" do trance... Ou podia lembrar-me de dezenas e dezenas de casos de pessoal do house que não reagiu bem quando falei do meu gosto pelo psytrance... (...) Enfim...podia continuar a dar mil e um exemplos...e inclusive poderia fazer uma incursão pela minha teoria preconceituosa de que existe um grupo (que não é significativo em número, mas que o parece ser pela forma como se faz ouvir na net...) que se auto denomina de audiência eclética e altamente aberta a novas sonoridades...mas que na maioria das vezes acaba por se mostrar bem mais preconceituoso e elitista do que aqueles que costuma tentar ridicularizar a coberto de uma vitimização que poucas vezes tem fundamento...ou que quando a tem, na maioria das vezes não passa de um acontecimento isolado que não é minimamente representativo do comportamento generalizado... Mas por agora vou poupar-te a mais generalizações e preconceitos que na prática não provam nada e demonstram muito pouco...talvez as continue no dia em que finalmente estivermos frente a frente...hehe... E o mesmo se aplica ao amigo freeK... .110. Abraços.
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«Eu penso que os conceitos não são diferentes....apenas uns preocupam-se em servir bem e tentam fazer com que os seus clientes dêem por bem gasto o dinheiro que pagaram, sendo esta a sua "arma para angariar adeptos, outros nem por isso e apostam em vez do bem estar e de servir bem, em trazer artistas que estão no top de vendas...» ...e eu penso que estás tremendamente enganado...hehe... :><P: Existem diferentes conceitos...só que dentro dos diferentes conceitos há os que se preocupam em o servir "bem"...e os que têm outro tipo de prioridad€s... Recua no tempo e lembra-te da Hipnose...a Hipnose, na palavra dos seus responsáveis, foi uma promotora que surgiu com um conceito que se assumia como sendo claramente diferente do da GoodMood...porque não se identificava minimamente com ele... O conceito da Hipnose era "simplesmente" criar eventos musicais e desenvolver a cena musical...e fazia-o, ao contrário da esmagadora maioria das promotoras de hoje, sem se disfarçar de movimento...é também justo dizer que dentro do conceito escolhido, e comparando com o presente, estava em termos de preocupação com a qualidade, alguns furos acima daquilo que é a média de hoje... E é também muito importante referir um factor que me parece que ilustra bem a mudança de "público" que ocorreu tanto no movimento como na cena...e que se prende com o facto de que a Hipnose não viu a sua aposta em nomes menos "comerciais" ser recompensada...e que a GoodMood também me pareceu não ter conseguido interpretar da melhor forma as profundas alterações que ocorreram a partir de 1999 com a massiva (à sua escala) adesão de gente... (...) «Começas a perceber que muitos afinal só têm aqule espirito especial deviso ao efeito de drogas e porque estão numa festa.....porque o normal é terem bastantes interesses e por ai fora....grande desilusão. » ...generalizando:é verdade...de facto a cena musical do psytrance não tem grandes diferenças em relação a qualquer outra...e é normal que assim seja porque existem muitos ordenados que têm que ser pagos...existe uma máquina que não pode parar...etc...etc...etc.... Mas o movimento tem características muito próprias e peculiares...anda é completamente perdido no meio da cena...e os que acreditam "nele" são uma minoria perdida no meio de uma maioria repartida entre: -os que vivem "dela"... -os que que dizem acreditar "nele" simplesmente como meio de alcançar proveitos "dela"... -e os que "simplesmente" gostam "dela"... «....se juntares isto ao facto de o negócio sempre lá esteve, não havia era concorrência...que podes concluir... » ...as festas têm custos e os custos têm que ser suportados...a distinção não se pode colocar só pela perspectiva de haver ou não negócio...até porque tens o exemplo de muitas das free's de hoje que mais não são do que o "embrião" que vai dar origem a mais uma personagem da indústria...são o trampolim...e o verdadeiro intuito de muitas das free's de hoje fica evidente com uma simples análise do seu line-up...ou pelos esquemas de promoção das mesmas que muitas vezes passam por massivas e por vezes ridiculas reacções exageradas (principalmente em fóruns da net...) às prestações de alguns dos seus intervenientes... PS: «Mas eram momentos que pagava para ter vivido!» Psilocibino: Certamente que já viveste muitos momentos parecidos nas festas...porque eles continuam a acontecer só que simplesmente isso já não acontece verdadeiramente em grupo... Muita gente continua a entrar em transe...e muito fazem-no de forma "concertada" e simultânea com sub-grupos do grupo "principal"... ...mas quem sabe se desta "divisão" da GoodMood não virá a sair algo que nos remeta para o tempo das jornadas colectivas rumo ao transe... É esperar para ver... Abraços.
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«Pink Floyd, Roling Stones, The Doors, Hendrix e por aí fora (claro, porque era o que os meus pais ouviam em casa), e ele disse-me precisamente que estes eram os verdadeiros pais do psicadelismo... do trance!» Luar: <_< ...pais do trance?...não sei se concordo... O movimento associado ao psytrance tem de facto as suas raízes no movimento psicadélico que na altura estava associado às bandas que referiste...no entanto não me parece tão evidente a relação (tipo>pai-filho) entre os dois estilos musicais... Isto para não falar que para encontrar as verdadeiras raízes da cerimónia associada ao movimento psytrance, teremos que recuar alguns milhares de anos...tal como referiu o vortex... Vicious: É evidente que existem diversas abordagens possíveis a uma festa...e também existem diversos conceitos de festa... Hoje em dia não há qualquer tipo de dúvida que aqueles que procuram as festas de trance como quem procura uma qualquer sessão de música noutro lado qualquer, estão em larga e esmagadora maioria... E hoje em dia também me parece claro que a esmagadora maioria das festas têm como principal conceito "atrair" essa maioria... Mas o que é que distingue o conceito deste tipo de festas, do das festas associadas a outros estilos musicais?... E serão a maioria das festas de hoje fieis ao conceito que originou o movimento? Ou farão elas parte de uma cena musical (emergente) igual a tantas outras, em que tudo gira em torno da música (e sua indústria) e da idolatração de quem a faz...e cuja única relação com o movimento é a utilização de algumas das suas características com intuitos de puro e simples marketing?... (...) Parecem-me óbvias as respostas a estas perguntas...embora por vezes fique com a ideia que muita gente pensa que as coisas sempre foram mais ou menos como são hoje...e que o que mudou foi simplesmente a mentalidade de quem experienciou as duas realidades... Não é bem assim... (...) O que mudou? No início para ouvires psytrance (sem ser em casa) quase que só o podias fazer em eventos (GoodMood/Monogatari) associados a um movimento cujo conceito principal era propiciar o atingir do transe colectivo, seguindo a tradição dos mais ancestrais rituais tribais... Arrisco a dizer que 90% dos que iam a esses eventos tinham uma ideia daquilo de que eles se tratavam...e que em 99% dos eventos o objectivo era plenamente atingido... -Não era uma cerimónia "religiosa", mas obedecia a certos rituais... -A componente lúdica e de diversão era tão grande ou maior do que a de uma ida a uma discoteca...embora a forma de estar fosse conscientemente diferente... -Mas a grande diferença das festas de então, e aquilo que as tornava únicas e as tornou míticas, era que todos ou quase todos sabiam que em certo momento da festa iria acontecer algo que quem já experienciou sabe que é único, indescritível e nos marca para o resto da vida...o tal período mágico...o transe colectivo...a festa tinha um objectivo...e era um objectivo de grupo... (...) Hoje já tens eventos de psytrance concebidos à imagem de qualquer outro estilo musical...e tens uma cena musical e uma indústria em torno do psytrance cada vez mais forte e abrangente... Considero isso positivo, natural e inevitável...embora isso esteja a levantar um problema ao movimento que não é de fácil resolução... O ideal seria que houvesse uma clarificação e distinção clara entre o que é um evento promovido pela cena musical...e o que é um do movimento...porque ambos têm objectivos, conceitos e resultados diferentes... O movimento, teoricamente, "vive" da cerimónia...da "Re-união" entre os que nele acreditam...e de um momento que se caracteriza, entre outras coisas, pela dissolução do ego... A cena tem como objectivo claro o lucro...e esse lucro passa pela promoção de artistas, de marcas, etc...de uma forma indissociável de valores que passam pela "alimentação" do ego, etc...mesmo que a estratégia passe por camuflar essa intenção com a maquilhagem do movimento...portanto a cena tem todo o interesse em andar disfarçada de movimento... (...) Compreendo bem aquilo de que fala o Vortex, e partilho de muitos dos seus sentimentos...e vejo neste e noutros tópicos vários exemplos claros da confusão que existe hoje em dia...em que a tendência para já nem se fazer distinção entre os diferentes conceitos de eventos é cada vez mais comum...e alguns até negam mesmo que alguma vez tenham existido diferentes conceitos...e julgam o movimento à imagem de alguns expoentes máximos da representação da cena/indústria actual...enfim... É certo que hoje em dia é quase impossível encontrar um dos conceitos...mas se ele sobreviveu durante tantos milhares de anos, não vai ser agora que se vai extinguir...e antes que me caiam em cima quero deixar claro que estou a falar do conceito de utilizar a música e a dança para conscientemente atingir o transe...e não do psytrance como a "8ª maravilha do mundo"...
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«mas a verdade é que ninguêm gosta dos velhos dos marretas » Ei!?!Lá estás tu com os teus preconceitos...eu também gostava dos velhos dos marretas! «caro Dit em relação ao outro assunto a Diana ela denota mais ser uma jovem inexperiente do que propriamente preconceituosa.» ...os meus pais não gostam de house e no entanto acho que só uma mente altamente preconceituosa os iria rotular de inexperientes sem saber mais nada sobre eles...hehe... :><P: ...e eu que até gosto de house, também espero que (a ser verdade que a hipnose se passou a dedicar a ele) isso não sirva de exemplo para outras promotoras do "nosso" movimento... PS:...pronto...pronto...eu confesso que estava a mentir...há por aí muitas promotoras que eu até gostava que se dedicassem a outros estilos musicais...