
moony
Elastika-
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A maior parte dos abortos acontecem por irresponsabilidade sexual? Não sei, tu não sabes, ninguém sabe... Tu podes conhecer meia dúzia de mulheres que abortam, não conheces as milhares, não conheces as suas razões. Não é uma questão de apoiar, mas sim de não condenar. Presumo que concordes que não legalizem as drogas leves, já que grande parte da população é contra, apesar disso não afectar em nada as suas vidas.
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Pode-te parecer óbvio mas eu também ainda não percebi. Atribuir direitos aos outros põe em causa os teus? Por isso repito a pergunta que te fiz há umas páginas atrás, a propósito do que disseste: Se a IVG for despenalizada, isso interfere exactamente em quê, no que toca à vida e moral de quem é contra essa prática? Quais vão ser as mudanças na tua vida, lol, se o Sim ganhar? É verdade que há mulheres que abortam por ignorância. Por incrível que te possa parecer, muita gente não tem consciência dos perigos que corre ao ter uma relação sexual não protegida. Mas a ignorância não vai acabar por tu votares não. É verdade que há mulheres que abortam por irresponsabilidade, muitas vezes associada à ignorância. Mas também é verdade que muitas mulheres engravidam indesejadamente sem ser por irresponsabilidade ou ignorância. Passo a dar alguns exemplos: - uma mulher pode esquecer-se de tomar a pílula num dia do período fértil, tem relações sexuais com o marido e pimba, engravida. É irresponsável porque se esqueceu de tomar a pílula um dia? Deduzo que nunca tenhas tomado a pílula e por isso não sabes que esquecimentos acontecem, apesar de a tomares todos os dias, todos os meses, há vários anos. - uma mulher toma a pílula, tem relações com o marido, quando acaba sente a barriga a dar voltas por causa da sobremesa que comeu e vai para o quarto de banho com uma caganeira, que por sua vez corta o efeito da pílula se não foi tomada com duas horas de antecedência. - há mulheres que, por questões de saúde não podem tomar a pílula e usam o preservativo. E se este rebentar, foi ignorância ou irresponsabilidade? Podia dar-te mais alguns exemplos, de forma a tu não baseares a tua opinião apenas nos exemplos que conheces, mas a verdade é que no fundo também deves ter a consciência deles.
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Marinni, achas mesmo que é indiferente? Achas que é igual para uma mulher que quer/precisa de abortar, ir a um sítio desconhecido, ficar nas mãos de pessoas de formação duvidosa, ou ir a uma clínica/hospital especializado no assunto, onde trabalham pessoas com a formação necessária para o efeito?
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Não sei se é o mesmo caso de k falas,(este passou-se em Portugal) foi o de uma filha k acusou o próprio pai de abusos ( k foi preso) e k depois de 6 anos desmentiu toda a história. Lembro-me desse caso, Vicious. A rapariga depois foi à tv pedir desculpas ao pai. Foi provado em tribunal que o homem violava a filha e no entanto ele era inocente...
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Se a IVG for despenalizada, isso interfere exactamente em quê, no que toca à vida e moral de quem é contra essa prática? Quais vão ser as mudanças na tua vida, lol, de o Sim ganhar? ------------------------------------------------------------------------------------------------------ Cientista de proa na procriação medicamente assistida, Mário de Sousa é "pai" de centenas de filhos de casais inférteis. Mas vai votar Sim no referendo à despenalização da interrupção voluntária da gravidez. Porque a vida da mulher é um todo, com corpo e alma, que tem primazia sobre o feto. Este, diz, é "um anexo sem autonomia" até aos cinco meses, altura em que o cérebro começa a funcionar. Pai feliz há coisa de um ano, Mário Sousa advoga o apoio à mulher que não tem condições para levar uma gravidez acidental em diante. Responsabilizando-a sem criminalizá-la. JN - Disse numa recente iniciativa dos Médicos pela Escolha que o feto é "um anexo sem autonomia" da mãe até às 24 semanas? Mário Sousa - Só aí ganha autonomia para sobreviver. Até lá, tem os órgãos em esboço, mas não são funcionais. E um esboço é um esboço. Isto da definição das oito semanas como aquelas em que acaba o período embrionário e inicia-se o período fetal é um artifício. O pulmão só funciona a partir das 28 semanas. A tiróide só segrega hormonas aos quatro meses. O cérebro só amadurece a partir dos cinco meses, aí os neurónios conseguem permitir ao feto o movimento voluntário. Se perguntar às mulheres quando sentem o primeiro pontapé, todas são unânimes em dizer seis meses. Do lado do Não citam a ciência apontando vida desde a fecundação, o coração que bate... Funciona desde as três semanas, mas as válvulas só se formam aos cinco meses e só aí os vasos sanguíneos chegam a toda a parte. Agora, é facto científico que a nova vida inicia-se na fecundação. É um contra-senso. Não. E por isso é que todo o embrião humano tem de ter estatuto e dignidade e ser protegido. Mas repare que em cada dez casais totalmente férteis a tentar ao mesmo tempo, só dois conseguem uma gravidez. Os outros também fazem embriões, mas estes não se implantam, ou abortam por deficiência até aos três meses. São dados internacionais. O período das dez semanas para a despenalização parece assim um limite igual a qualquer outro... As dez semanas vão ter muita elasticidade, porque há várias datações. Dez semanas pela última menstruação são 12 para a ovulação e 14 para a datação da ecografia. E como a maioria das interrupções voluntárias da gravidez (IVG) são entre as oito e as 12 semanas, é mais do que suficiente. Trata-se de impedir que quem não pode avançar com a gravidez vá fazê-lo em casa com um troço de couve, ou vá a uma curiosa e haja complicações. Lembro-me que em 1985, quando fazia urgência de ginecologia, tinha pelo menos uma complicação de abortamento por semana! Só eu! Lembro-me de como essas mulheres eram tratadas pelos médicos. Era atroz! Raspagens sem anestesia para as fazer sofrer, a vingar-se, insultos, recusa de direito de visita... Falou na protecção do embrião, mas alinha num movimento pelo Sim. Claro. Devemos tentar arranjar todos os artifícios necessários para que qualquer rapariga que engravida leve a gravidez a termo. É nossa obrigação enquanto médicos saber por que não o podem fazer. Se o problema é a família ou o parceiro, devemos oferecer-nos como mediadores. Se invocarem razões económicas, devemos chamar uma assistente social afectiva e compreensiva que as acompanhe e lhes indique meios de subsistência. Está a dar razão ao Não... Não. Porque a grande fatia, como revelou um estudo da Associação para o Planeamento da Família, é de raparigas muito jovens que dizem que não estão preparadas naquele momento da vida para ter um filho. Porque são pequenas, estudam, não sabem quem é o pai... Aí temos duas opções ou um sistema ditatorial que obriga a mulher a levar adiante a gravidez e a persegue se ela não levar, ou protegê-la e permitir que aborte de maneira higiénica, rodeando-a de uma série de medidas para que tal não volte a acontecer. E, felizmente, sendo muito rigoroso em termos de fisiologia fetal, o feto não é capaz de sobreviver fora do útero. Idealmente, se pudéssemos tirá-lo logo e dá-lo para adopção, seria a solução. Mas como não tem viabilidade, a primazia é da mãe. Para nós o mais importante é o respeito pela vida que está à nossa frente: a da mulher. E o argumento de que isso vai banalizar a IVG? Segundo o estudo da APF, a maior parte das mulheres que abortaram usava métodos contraceptivos, abortou até às dez semanas e tinha formação secundária ou superior. A gravidez é um acidente de contracepção e 90% não repete a experiência. E depois, obviamente, as pessoas têm que ser responsabilizadas. Se eu fosse ministro, as pessoas pagariam a IVG, a não ser que não tivessem capacidade económica. Lembro-me que em França, em 1993, uma rapariga pagava 30 contos para uma IVG num hospital público. Até por uma questão de sacrifício. Não acredito num aumento. Ninguém faz isso de ânimo leve. O Não busca noutros países justificação da tese do aumento. É diferente. Se Portugal tivesse despenalizado o aborto no 25 de Abril, a população era então mais pobre, menos culta, haveria um aumento, porque as mulheres já não iam ter medo de pedir ajuda. Teria havido, como noutros países, uma ascensão inicial e depois uma descida até à estabilização. Hoje, há formação. Fabrica vida e dá a cara pela despenalização do aborto. Contra-senso? Não! Pelo contrário! Ajudo os casais a ter bebés e continuo a dizer que são o grande milagre da vida! Mas o que lhes digo é que a coisa mais importante da vida deles não é o bebé. Com os que fazem dele o mais importante, geralmente corre mal. O grande motivo deles é o amor que os une. E o bebé é uma dádiva extra, que não pode substituir esse amor. Se me perguntar se numa situação dramática escolho a minha mulher ou a minha filha, a minha mulher tem prioridade. O bebé é uma dádiva, mas não pode ser à toa! Numa fase em que não está preparada, mais vale não destruir a vida da mulher! No Juramento de Hipócrates no final da formação, jurou pela protecção da vida... Todas as interpretações são possíveis... Aquilo que os professores mais sensíveis nos transmitiam era a preservação da vida como a entendemos hoje. Da vida no seu todo, do corpo e da alma, a saúde também é mental. Daí nesta discussão dever dar-se primazia à mulher. Como nas interrupções em caso de doença da mãe. Dá-se-lhe primazia, porque o feto não tem autonomia. Não vejo qual é o problema dos médicos com isto... Jornal Notícias
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Ai sim? Como é que sabes? Perguntaste a quem? Não digas que despenalização e liberalização são a mesma coisa, porque não são. Se estás confuso, consulta um dicionário. Se a IVG fosse liberalizada, isso significaria que qualquer mulher podia abortar a qualquer altura da gravidez.
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Parabéns Amiga! Desejo-te muita força e coragem para ultrapassar as adversidades. Gosto-te muito!
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Feliz aniversário gaja! Beijocas grandes!
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Eu também ando a ler Saramago. Depois do choque inicial com o seu tipo de escrita, comecei a gostar. Sem dúvida que nos põe a pensar!
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Tour Francesinha Elastik Part 2
moony replied to Crust_Girl's topic in ENCONTROS, JANTARES, PASSEIOS & VISITAS
Belo jantar! Tenho algumas fotos, quando as passar para o pc, envio para a malta. -
Se tinham tudo legal, porque é que a polícia acabou com a festa? Qual o motivo?
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Contem-nos como foi a festa!
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Tour Francesinha Elastik Part 2
moony replied to Crust_Girl's topic in ENCONTROS, JANTARES, PASSEIOS & VISITAS
Acho que o ponto de encontro devia ser num local mais próximo do restaurante, por exemplo, no chafariz em frente à câmara municipal. É desnecessário irmos para o casino, se depois temos que ir lá para cima. Caso alguém se atrase um pouco mais, é bem mais fácil ir buscar essa pessoa à beira da câmara do que ao casino. Mas pronto, é só a minha opinião. -
Coff, coff... Fiquei na dúvida se te incluis no povo português ou não...
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Tour Francesinha Elastik Part 2
moony replied to Crust_Girl's topic in ENCONTROS, JANTARES, PASSEIOS & VISITAS
Para que horas está marcada a janta? Caso alguém vá mais cedo, podemos encontrar-nos para beber um copo. -
Não é porque tu tens acesso à informação, que toda a gente tem.
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Ainda bem que existem pessoas como tu para me tirarem da ignorância.
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9 Junho - Electricmoon Apresenta="The Chaos Theoreme"
moony replied to salviadivinorum's topic in Junho
Muita gente não sabe inglês. É convosco se querem difundir a informação pelo maior número de pessoas possível, ou não, tendo em conta que o público alvo é português. -
Se não condenasses votarias "sim" no referendo, porque é disso que ele trata e não da tua opinião sobre o aborto, se concordas ou não. Não condenas mas há uns posts atrás dizias que as mulheres que abortam devem ser julgadas da mesma forma que um assassino. Em que é que ficamos, condenas ou não?
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Não é tanto uma questão de apoiar, mas sim de não condenar. Achas-te no direito de condenar uma pessoa que não pensa como tu nem se rege pelos mesmos princípios?
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9 Junho - Electricmoon Apresenta="The Chaos Theoreme"
moony replied to salviadivinorum's topic in Junho
Porque é que colocam a info relativa a artistas portugueses, num fórum português, em inglês?