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Xinodromodosonodromo

Elastiko
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Everything posted by Xinodromodosonodromo

  1. Altom - The Persuaders Vibe Tribe - Zimba
  2. Tiago Pinto é tuga de gema, deve ser o estilo de escrita dele, que pode parecer meio brazuca...... Keke acharam?
  3. NF : very very sick! tou todo ranhoso e o fim de ano ah porta, só espero ke tudo corra bem para cóórtir uma grande entrada no ano de 2006 :baby:
  4. Bruno: Significa moreno, escuro e indica uma pessoa calma e diplomática, que consegue tudo o que deseja pela capacidade de convencer, nunca pela força. A liderança que revela vem mais da sua capacidade de analisar corretamente cada situação do que de um talento inato......
  5. :hammer: :hammer: :hammer: :hammer: :hammer:
  6. mtas carinhas bonitas, no nosso grupo, tou a gostar de ver
  7. Para os mais preguiçosos : O que é Trance Dance? Desde um xamã da tribo Jaguar a chamar os espíritos da Amazónia, a 500 curadores Ubanda a dançar nas redondezas de São Paulo, a 5.000 pessoas numa festa Trance em Goa… …Trance Dance é um ritual sagrado. Quando abraçado com essa intenção é um catalizador poderoso para o ser mais profundo que procura dentro de si. Dançará explorando as suas paisagens interiores sem expectativas externas. É a sua dança, única para si. Trance Dance é uma combinação única de variados sons e ritmos, técnicas de respiração e a inovativa privação sensorial (venda nos olhos) que induz a uma profunda viagem interior. O resultado final é um vislumbre do mundo místico, promovendo o seu acordar espirital, e a sua claridade mental e emocional. Trance Dance International foi criada por Frank Natale. Ele trouxe Trance Dance para o ocidente pela primeira vez. “ O meu propósito é de dar força e poder a cada indivíduo através da música criada para Trance Dance. Isto é conseguido ao melhorar a qualidade de vida de cada um através da participação nos rituais de Trance Dance. A minha focalização no Trance Dance providencia ao participante uma experiência directa e profunda, em vez de mais dogmas e ideais. “-Frank Natale Entre no mundo espiritual, viaje para além do tempo e do espaço. Experiencie o êxtase de estar vivo. Dançe como os xamãs e povos indígenas têm dançado à milhares de anos. Hoje em dia esta antiga técnica de transformação e cura goza de uma popularidade crescente junto dos buscadores espirituais e de grupos contemporâneos de dança pelo mundo inteiro. foi um copy»paste puro do site ke luar disponobilizou..... mas a informaçao vale
  8. Mas isto não é uma festa... por isso é que não está no Boom! Em principio vai haver outro ritual trance dance já em janeiro, dia 20... mas podes ver todas as informações detalhadas aqui nu Freedom Festival houve todas as noites um workshop destes e por acaso rinha o mesmo nome : Ritual Trance Dance muito giro
  9. mesmo assim nunka sao demais os desejos natalicios FELIZ NATAL
  10. Chegaram ao ponto mais alto da bola e Azi começou a ver que a pele da bola naquela zona tinha uma certa transparência de onde se via um planetazinho colorido. Viu o seu professor entrar nessa transparência e foi atrás. Subiram por um tubo com a mesma textura da bola onde estavam. De repente Azi sentiu a gravidade a mudar de sentido e em vez de estar a subir estava a cair. Foi então que começou a voar juntamente com Jaime perfurando nuvens quentes e atravessando mini galáxias de variadíssimas cores. A certa altura Azi foi surpreendido por uma espécie de dragão fofinho, amigável que lhe pareceu estar a querer comunicar com ele. Olhou para o professor com um ar interrogativo e este disse-lhe: -Ele está a pedir que montes nele. Ele e o amigo dele que já vem ai vão nos levar ao templo de Meyukia onde estão as pessoas que querem falar contigo.Os dois companheiros montaram cada um num amigável dragão meyukiano e lá foram andando pelo incrível mundo de Meyukia Pelo caminho Azi foi surpreendido por uma realidade completamente desconhecida e verdadeiramente fascinante. iam relativamente alto e por baixo deles estava um mundo colorido e animado. Azi ao deparar-se com o cenário sentiu-se completamente encantado, voava nele uma sensação agradável e extaziante que nunca antes tinha sentido, incomparavelmente melhor do que a que sentia das vezes que teve sobre o efeito de alucinogénicos. O professor sugeriu descerem para poderem apreciar a paisagem mais perto, assim o fizeram e começaram a atravessar um vale verdadeiramente maravilhoso. O vale era grande e de uns tons de verde variados, juntamente com cores que não existem no nosso mundo, havia uma abundância de cascatas impressionante, havia umas que não se percebia de onde vinham, havia outras em que a água era cor de laranja clarinha, verde fluorescente ou azul índigo e havia umas que pareciam dançar ao som de uns pássaros de transparência colorida, que voavam pelo vale em grandes bandos. Á medida que desceram foram invadidos por uma temperatura e uma quantidade de aromas verdadeiramente gostosos, tipo lima com sândalo, mel, baunilha, gengibre e frutos silvestres. Junto ao solo por onde flutuavam a uma velocidade adrenalizante, rasaram arvores, desceram, subiram, atravessaram neblinas coloridas, tudo isto perseguidos por estranhos, mas doces animais voadores que andavam em grupos divertidos, eram como golfinhos perseguindo os barcos no mar mas mais parecidos com cãezinhos voadores. No fim da densidade do bosque irreal que percorriam mergulharam noutro vale alucinante, aqui o jovem reparou que o seu dragãozinho deixava um rasto como deixam os barcos na água. O professor conduziu-os a uma superfície neste vale, feita de uma espécie de relva almofadada. O professor sugeriu saírem para pisarem o solo e descansarem: -Vamos parar aqui uns minutos, vais gostar deste sitio, vamo-nos deitar um bocadinho neste terreno agradável. Vou só buscar algo para beber ou comer, estás com fome ou sede? -Mas há alguma coisa para comer neste sítio? Não vejo nenhum restaurante ou mercearia. - Acho que não é preciso lembrar-te que os produtos alimentares vem da natureza, mas queres ou não provar alimentação Meyukiana? -Ya se faz favor -Tábem, mas não desapareças pelo ar. Este pedido do professor deixara Azi um pouco á toa, resolveu levantar-se para ver onde Jaime ia buscar comida mas o movimento foi inesperado. Olhou para baixo baralhado e reparou que o chão estava a cerca de um metro abaixo do seu corpo. "Estou a flutuar" pensou ele. E estava mesmo, ao princípio sentiu-se estranho, com alguma dificuldade em controlar o rumo do seu corpo, mas depois de umas quantas reviravoltas lá percebeu. Começou a dar aos braços como se nadasse debaixo de água e já controlava o seu corpo. Foi então que apareceu Jaime, nadando bruços, com o que parecia ser um coco grande e uma casca de coco meyukiano coma pasta estranha. Este cenário deu uma vontade de rir abertamente a Azi e riram-se os dois flutuando pelo ar. -O que é isso? - Perguntou o jovem ao professor apontando para as espécies de coco -Isto é Coco meyukiano e resina do coqueiro meyukiano, é um conjunto bastante nutritivo e agradável, prova. Azi provou e gostou sentiu-se mais revitalizado, acabaram de comer, brincaram um bocadinho pelo ar, passearam por uma ilhéus que havia suspensos no ar do vale onde estavam. Acima dos ilhéus já havia gravidade, o que dava uma sensação irreal e fascinante. Os amigáveis dragões meyukianos já não estavam com eles mas o professor disse que eles já não seriam precisos, a refeição que tomaram permitia-lhes voar. O professor mandou um salto que o fez desaparecer nas nuvens lilases que estavam no céu, o aluno seguiu-o e foram voando no alto céu, apreciando a vista maravilhosa que abençoava seus olhos. A dada altura, Azi começou a reparar numa civilização, formadas por casitas bonitas com jardim e hortas, rodeadas de rios e cascatas. Há medida que avançavam para o centro, o movimento de pessoas era maior e as hortas menos presentes. Azi olhou em frente e viu que há sua frente estava uma espécie de montanha com o topo liso, de uma flora espantosa. Das bordas do topo da montanha saíam cascatas que alimentavam a cidade ou vila toda de água. A superfície do topo da montanha era toda em relva e tinha uns edifícios que consistiam apenas em colunas apoiando uma pala grande. Havia umas piscinas naturais com cascatas pequenas. Há volta desta piscinas havia exemplos perfeito da sensualidade femenina, que se passeavam pouco vestidas ou despidas. Junto destas ninfas havia uma ambiente de harmonia e frescura que deixara Azi hipnotizado. Apareceram uma data de borboletas de cores espantosas que o conduziram ao sítio onde estavam as sorridentes musas. Quando Azi já se estava a derreter nos afectos das beldades Meyukianas o professor teve que o ir lá buscar para cumprir a missão que os tinha levado até ali -Agora vais conhecer as pessoas de que te falei - Avisou o professor. Azi não respondeu, ainda estava sobre o encanto do poder feminino de Meyukia, limitou-se a seguir o professor. Chegaram a um sítio absolutamente lindo e divino e dirigiram-se a uma arvore que o professor disse ser a árvore onde o Buda teve a revelação. Lá estavam um grupo de aproximadamente 15 pessoas em que se via facilmente quem comandava. Era um homem e uma mulher de aspecto pacifico, descontraído e amigável. Eram ambos muito bonitos, sem raça ou cor definida, seus olhos e bocas sorriam em harmonia e transmitiam uma sensação de conforto e compreensão, falavam calmamente, num tom de voz agradável e melódico. Jaime dirigiu-se a eles, abraçando-os comovido, apontou para Azi e eles sorriram para o jovem e convidaram-no a juntar-se a eles. -Olá Azi, prazer em conhecer-te, já estamos á tua espera desde que nasceste, tu és um ser especial e temos vindo a acompanhar a tua vida e hoje foi o momento indicado para te dar a conhecer esta realidade. Eu chamo-me Jeva Gotem e esta é minha mulher, Shevy óiris. Nós gerimos Meyukia e tratamos de todos os seres que estão destinados a passar por cá. Já exercemos esta função há uma eternidade e deves saber que este sitio é uma zona de passagem, a não ser que se seja um funcionário de Meyukia. Mas os que chegam cá como tu chegaste, têm como destino voltar ao seu local de origem e revolucionar positivamente a sua cultura de origem. Como tu, já chegaram muitos, desesperados, desiludidos com o mundo que sentem que não os compreende. Quando um ser especial, encarregue de mudar o mundo onde vive, começa a pensar em desistir, nós acolhemo-lo para lhe abrir os olhos, dar-lhe esperança, conhecimento e vontade de atingir o seu objectivo. Tu és uma dessas pessoas, tens um tipo de energia que bem usada pode influenciar o mundo fortemente. É esse o teu destino. Como tu, já pessoas tuas conhecidas passaram por cá, o primeiro a escrever sobre este sitio foi Thomas Moore no livro Utopia, depois dele houve alguns que passaram por cá em viagens feitas com os índios da América do sul, outros ouviram falar e tornaram Meyukia num mito mas com o nome El Dorado. Entretanto passaram por cá pessoas ilustres como Ghandi e mais recentemente, passou por cá Bob Marley. Deves-te lembrar de uma musica deste senhor chamada I know a place que é precisamente sobre Meyukia. Como vês, este sitio não é mentira e existe para dar esperança, motivação, inspiração e riqueza espiritual àqueles que tem a mesma missão que tu. Vais ficar aqui um mês, mas podes tar descansado que aqui em Meyukia, um mês passa em 12 horas pois aqui o tempo tem outra dimensão, aliás não estás na mesma dimensão a que estás habituado, estás num mundo que existe mas que tu e os teus não sentem em estado normal. Enquanto estiveres aqui, vais meditar, vais aprender sobre filosofia, espiritualismo e mundiencias, vais te divertir, explorar, relaxar, vais passar por todo o tipo de sentimentos e sensações. Vais gostar de aqui estar e vamos gostar de te ter... Tens alguma pergunta? Azi ficou a sorrir ainda embalado na conversa, olhou para Jeva Gotem e movimentou a cabeça negativamente, depois lembrou-se e disse-lhe que tinha muitas perguntas para lhe fazer mas que iriam ter tempo, sorriram e começaram a conversar. Durante o tempo que Azi passou em meyukia, fez tudo o que Jeva Gotem lhe tinha dito e chegou a um estado de iluminação que lhe deu muita força. Na terra, tornou-se uma pessoa melhor, menos virada para ele, mais virada para o mundo e para as pessoas, aplicou-se mais em tudo o que se envolveu e deixou de consumir alucinogénicos. Poucos anos depois voltou a Macau e foi cativado por muitos lideres espirituais que sentiram uma energia enorme vinda de Azi, em Portugal ganhou uma data de seguidores que acreditam que ele vai conseguir mudar o mundo á sua maneira.
  11. Mal saiu de casa, Azi foi a uma mercearia que vendia Absinto caseiro e foi para a beira do mar para ver se afogava seus pensamentos, mas em vez disso deparou-se com uma tempestade de absinto que deixou as suas dúvidas e conclusões á deriva. Pensou em ir viver para uma zona rural onde pudesse viver á custa e segundo a vontade da natureza, pensou que os seus horizontes eram mais longínquos, pensou que eram mais longínquos que a própria realidade e permaneceu á deriva. Enquanto seguia esta linha de raciocínio era atacado por pensamentos de preocupação com a sua situação familiar, sua situação social e sua situação psicológica. No meio de tanta preocupação foi salvo pela lembrança de que tinha combinado com o professor irem conversar e beber um copo. Este pensamento acalmou-o, sentiu-se abraçado por uma energia azul que já conhecia de outras experiências com alucinogénicos e que lhe dava uma grande paz interior. Este reconforto vinha do facto de ir falar com uma pessoa que lhe transmitia uma grande paz e com quem sentia que podia falar livremente, Azi não percebia se eram os olhos profundos do professor ou sua voz apaziguante mas a verdade é que com ele sentia-se compreendido e seguro. O telefone tocou, seriam os seus pais? Tirou o telemóvel do bolso viu que o numero era desconhecido e não atendeu com receio que fossem os pais. Dois minutos depois recebeu uma mensagem, era seu professor a perguntar quando e onde queria se encontrar com ele. Sugeriu um parque junto ao mar onde havia uma esplanadazinha. Passada uma hora foi lá ter, o professor ainda não tinha chegado. Resolveu sentar-se e pedir algo para comer pois não comia desde que saíra de casa e o absinto misturado com o fumo canabinólico já se sentiam como um tornado na cabeça e no estômago. Na verdade estava inquestionavelmente embriagado, deu por si a cair em momentos em que nada era concreto e real, seu próprio corpo era abstracto. A queda fazia o acordar como de um sonho, sentia-se transitar por diferentes dimensões. Foi numa destas descidas em que foi amparado por uma mão nas costas, era o seu professor a trazê-lo de volta. -Então que cara é essa? -perguntou o professor sorrindo ao ver os olhos de pânico do aluno. -Não é nada stôr, estava só distraído e assustei-me -desculpou-se o aluno. -Podes-me tratar por Jaime – sugeriu o extrovertido professor e prosseguiu. – Tu andaste a beber algo com álcool, o que é que foi, para pedir para mim? - O jovem riu-se e respondeu – Acho que não há aqui, foi absinto caseiro. -Mas não foi só absinto pois não? - Perguntou Jaime. -Onde é que quer chegar Jaime? - Respondeu Azi. -Azi, acho que se pode dizer que já atravessei o mesmo caminho que tu estás a atravessar. -Está a falar da adolescência? -Estou a falar de experiências. -Que tipo de experiências? - Experiências com drogas. Azi levantou-se e começou a gritar – Desculpe lá mas se é para levar o sermão que ia levando em casa bazo já! -Senta-te, vamos conversar como dois amigos, tás á vontade comigo. Azi sentou-se desconfiado e perguntou: -Não foram os meus pais que lhe pediram para falar comigo? Ao que o professor respondeu sorrindo – Não, está descansado. Sabes já algum tempo que tenho vindo a reparar em certas coisas que me levaram a tirar estas conclusões, primeiro pela cara com que vinhas para as aulas deu logo para ver que fumas ganzas, não vejo problemas nisso desde que não faças disso a tua vida, eu próprio de vez em quando também gosto de fumar o meu charrinho, é verdade ou mentira que o andas a fazer? -È verdade mas pode estar descansado que não faço disso a minha vida – – Mas abusas? -Aah, não muito, por vezes...Quer dizer eu...- -Mas também não é por isso que estamos aqui, diz me lá também andas a tomar alucinogénicos- -O que é que o leva a pensar isso- -Já passei por essas experiências e reconheço a maneira exaltada e sentida como discutes filosofia, é como se isso fosse o tema central da tua vida, aposto que até sentes arrepios... -Sinto - disse Azi com um sorriso arrepiado - E também é verdade que já tomei uns alucinogénicos, mas só naturais Jaime. - Ainda bem que andas só pela natureza e que o admites... Gostava de te levar a um sítio e apresentar-te a umas pessoas que já te querem conhecer faz algum tempo, vais gostar de conhecer tenho a certeza. -Mas quem é que me quer conhecer? -Vês isso depois, não tens nada planeado para as próximas horas? -Não. -Então vamos á serra. -Vou só avisar os meus pais que estou consigo. Enquanto estavam a ir para o carro do Jaime, Azi telefonou aos pais, pediu-lhes desculpa e disse para estarem descansados que estava com o professor de filosofia. Os pais compreenderam e desculparam-no mas exigiram que tivessem uma conversa séria no dia seguinte. Chegaram a uma clareira num ponto alto da serra onde se sentia uma energia revitalizadora, a temperatura era a ideal e a beleza do sitio fez com que Azi se sentisse parte de uma obra de arte. Olhou para o chão, notou que era areia, descalçou-se, olhou á volta e deliciou-se com paisagem de sonho. As arvores variavam entre vários tons de verde vivo, atrás destas via-se o mar no seu azul límpido com tons alaranjados devido ao pôr-do-sol. O céu estava com aquela mistura de cores como o cor-de-rosa, o violeta e os variados tons de azul típicos do fim do dia. -Que sítio é este? - Perguntou Azi a Jaime. - Este sito é um dos raros sítios na terra onde se sente a perfeição de perto. Este lugar está abençoado com um shakra muito positivo, é dos poucos sítios da terra que devido á excessiva carga energética e espiritual permite àqueles que tem um bom desenvolvimento espiritual atravessar a barreira da sua percepção atingindo um nível superior de percepção. È a este nível que eu te quero levar, que tu sempre sonhaste ir e onde pessoas esperam por ti. Estás pronto? - -Não posso dizer que estava preparado mas estou muito curioso e quero já conhecer esse novo mundo. - Respondeu Azi entusiasmado. - Então segue-me -sugeriu o professor com aquele olhar que Azi admirava. Andaram nem 5 minutos por um caminho de areia com árvores á volta que se fechavam dando origem a um túnel de árvores. Quando chegaram a um ponto onde não se via nada, Jaime sugeriu que abrandassem. Entretanto começou-se a sentir um aroma estranho mas agradável. Azi nunca tinha sentido tal aroma mas estava a gostar apesar de o fazer sentir tonto. À medida que avançavam o cheiro ia-se intensificando assim como a agradável tontura que por fim os fez desmaiar.· Quando acordou Azi não sabia onde estava, sentia-se revitalizado e novo como se tivesse acabado de nascer. Abriu os olhos e a única coisa que conseguiu ver foram borboletas. Quando as observou melhor reparou que estas para alem de terem simpáticas expressões e olhares, algumas tinham cores que o rapaz nunca tinha visto na vida, outras tinham milhares de cores estranhas numa borboleta como o Azul índigo luminoso, o verde, o amarelo, o rosa, o roxo em variadíssimos tons fluorescentes e luminosos. Quando os simpáticos animaizinhos coloridos e voadores se dissiparam reparou que estava dentro de uma bola gigante de cores que iam variando como certos protectores de ecrã de computadores, a única diferença é que isto era a realidade circundante. Resolveu levantar-se para procurar uma resposta ao enigma em que se tinha tornado a sua percepção, estaria a sonhar, estaria acordado, estaria drogado? Mas sentia-se completamente lúcido, a única coisa estranha era a realidade que o rodeava. Lá tentou levantar-se mas ao esticar os braços e as pernas estas bateram no vazio, assustou-se e foi assim que percebeu que estava a flutuar no ar. Esta ideia assustou-o mas ao olhar para o lado viu Jaime a voar e a dar cambalhotas divertido acompanhado das borboletas que Azi vira ao acordar. Este momento espantou o jovem e deixou-o verdadeiramente encantado, assim que conseguiu captar a atenção do seu professor e amigo perguntou-lhe o que se passava e onde estavam. Jaime respondeu: - Estamos na fronteira com Meyukia, a terra com que todos sonham. -E quando é que vamos para Meyukia- Perguntou Azi -Primeiro tens que provar que acreditas que tudo é possível, só assim passas a fronteira, só assim consegues voar e se conseguires voar recebes automaticamente o visto para entrar em Meyukia. -Mas eu já estou a voar. -Não, estás a flutuar que é o que acontece a quem entra aqui, tens que te conseguir deslocar de um lado para o outro voando. Azi foi tentando um pouco hesitante até que tomou consciência que tudo era possível e quando deu por si estava a voar alegremente pela bola gigante onde estavam. -Então e agora, já posso entrar? - Perguntou Azi radiante. -Vamos a isso, segue-me - respondeu Jaime voando para a parte de cima da bola onde estavam fechados. Chegaram ao ponto mais alto da bola e Azi começou a ver que a pele da bola naquela zona tinha uma certa transparência de onde se via um planetazinho colorido. Viu o seu professor entrar nessa transparência e foi atrás. Subiram por um tubo com a mesma textura da bola onde estavam, de repente Azi sentiu a gravidade a mudar de sentido e em vez de estar a subir estava a cair. Foi então que começou a voar juntamente com Jaime perfurando nuvens quentes e atravessando mini galáxias de variadíssimas cores. A certa altura Azi foi surpreendido por uma espécie de dragão fofinho, amigável que lhe pareceu estar a querer comunicar com ele. Olhou para o professor com um ar interrogativo e este disse-lhe: -Ele está a pedir que montes nele, ele e o amigo dele que já vem ai vão nos levar ao templo de Meyukia onde estão as pessoas que querem falar contigo. Os dois companheiros montaram cada um num amigável dragão meyukiano e lá foram andando pelo incrível mundo de Meyukia
  12. Azi desde pequenino que mostrara grande interesse pela história do Peter Pan. Até aos 10 anos pedia sempre á sua mãe que lhe contasse a história antes de ir dormir e acreditava mesmo que existia uma terra do nunca ou algo parecido. Azi, apesar de ser meio português, veio de um país asiático onde sofreu durante a infância alguma descriminação. Isto juntamente com a morte de um avô muito próximo aos 6 anos, fez com que o jovem azi amadurecesse muito cedo. Aos 8 anos os pais andavam preocupados com Azi pois este comportava-se como um adulto, sua expressão tinha a seriedade própria de um homem de 50 anos que vivera muito. Sua maneira de estar perante os adultos, sua sabedoria cultural e educação permitiam-lhe participar nas conversas dos adultos de igual para igual, e por vezes de superior para inferior que era o que preocupava mais os pais. Levaram-no a um pedopsiquiatria que disse que o facto de este ter sido alvo de descriminação no mundo das crianças o levara a tentar integrar-se no mundo dos adultos. Isto associado á perca do avô e á sua incrível inteligência fizeram-no encarar a vida de uma maneira mais seca e prática ao contrário das crianças da idade dele. Por pedido da avó asiática, levaram Azi a um orientador budista que explicou que Azi se encontrava num dos patamares espirituais mais altos da evolução karmica. Apesar desta prematuridade de Azi, este rapaz permaneceu uma criança por dentro até muito tarde. A postura de adulto foi a maneira que encontrou para lidar com a realidade. Azi continuou a viver muito a fantasia e a refugiar-se da realidade, escondendo-se no mundo dos filmes, desenhos animados, livros ou mundos inventados por si. Quando entrou na adolescência, Azi deixou a história do Peter Pan para trás, deixou de tentar ir á terra do nunca e passou a viver mais no mundo real. Fez amizade com pessoas da idade dele e aos doze anos mudou-se para Portugal. Esta mudança revoltou-o verdadeiramente pois sentira que no momento em que já tinha amigos da sua idade teve que os deixar de ver. Em Portugal teve dificuldades de inserção mas lá arranjou um grupinho de amigos com quem se refugiava da realidade, mas desta vez através de substâncias. O facto de ter vivido muito cedo como um adulto fez com que nunca quisesse crescer, criou nele um medo do mundo dos adultos, sentia todos os dias necessidade de se refugiar do mundo real e todos os dias o fazia através de substâncias. Apesar de ter passado por várias experiências psicadélicas, aos 18 anos Azi sentia que nunca tinha entrado naquele mundo que sonhava e procurava, em que tudo o que desejava ser possível neste mundo e que não era, lá existia e acontecia. Foi quando conheceu um sujeito curioso que fez com que a sua vida desse uma grande reviravolta. Conheceu-o na escola, aliás era o seu professor de filosofia. Este professor de nome Jaime era uma personagem interessante, devia ter uns 25 anos, era baixinho de cabelo castanho despenteado e uma barba semi-curta. Seus olhos eram de um verde acastanhado forte e brilhavam como se dissessem que viam para alem da realidade preceptiva. Desde que se conheceram que Azi e Jaime se deram bem e nas aulas de filosofia debatia-se mais questões filosóficas do que se dava matéria. A verdade é que este método resultava pois a matéria ia-se interiorizando na cabeça dos alunos sem estes darem por isso. Azi ficou fascinado por encontrar alguém com quem podia finalmente debater as ideias que anteriormente debatia consigo próprio. O professor Jaime detectou desde cedo um grande desenvolvimento filosófico e espiritual na mente deste jovem. Com o decorrer do tempo o professor foi percebendo que o rapaz andava a fazer experiências alucinogénicas e decidiu que ia ter uma conversa com ele de amigo para amigo para tentar perceber o que se passava na mente deste rapaz que parecia perturbado. No fim de uma aula o professor de filosofia chamou Azi á parte e esperou que os alunos saíssem. Mal estes saíram perguntou a Azi se lhe dava jeito conversar, este respondeu que tinha coisas combinadas mas que podiam combinar mais tarde. Combinaram ir beber um copo. Durante a tarde Jaime encontrou-se com os amigos com quem tinha combinado e tiveram a fumar um hashishe do Nepal que deixou Azi num estado de delírio agradável, flutuou em pensamentos contraditórios que o faziam balançar ao ponto de ficar tonto e quando os pensamentos eram em demasia sentia-se num tornado que o levantava do chão. Foi neste estado que chegou a casa, sentindo a cabeça como um caleidoscópio. Sua mãe, conservadora experiente e de forte preocupação maternal, apercebeu-se que o filho não estava sóbrio e perguntou-lhe num tom de sermão. -Filho, o que é que andaste a fazer, estás pedrado não tás!? -Não mãe, não me chateies, deixa me tar em paz -Em paz pa te meteres na droga é? Não penses que eu e o teu pai vamos andar a sustentar um drogado cá em casa! O que a mãe lhe disse entrou-lhe na cabeça com um peso que sentiu a cabeça rebentar. O fogo na cabeça provocou uma reacção agressiva, pegou nas suas coisas, roubou o dinheiro ao pai e gritou: -Não querem cá um drogado então o drogado vai-se embora Saiu em lágrimas e com a cabeça em parafuso e foi para a rua á procura de escape da realidade escura e pesada em que se encontrava.
  13. NF : Uno (Por vezes o olhar perde-se na imensidão e beleza da natureza. Por vezes sou mais esse todo natural do que o eu como ser individual)
  14. NF : sentimentos natalicios... :painatal: :sorte:
  15. é mesmo isso um natal muito trankuilo cheio de paz e alegria para todos