Sabiam que neste mês de Junho existem duas luas cheias?
Duas Luas cheias em Junho
O fenómeno raro da chamada "lua azul", situação em que a fase de lua cheia ocorre duas vezes no mesmo mês, vai mais uma vez brilhar no céu após três anos passados da última vez.
Apesar do nome, o fenómeno da "lua azul" não tem qualquer relação com mudanças na cor do satélite. O apelido foi dado em função da raridade com que o ciclo lunar, cuja duração é de 29 dias e meio, ocorre por completo dentro de um único mês, possibilitando a aparição de dois períodos de lua cheia. Neste mês de Junho, o primeiro ciclo da lua cheia pôde ser observado no dia 01 às 2h. O fenómeno da nossa "lua azul" vai ocorrer no final do mês de Junho dia 30 às 14h49.
Conta-se que a origem do apelido "lua azul" remonta do século XVI, quando algumas pessoas que observavam a lua a olho nu acharam que ela era azul. Anos depois, discussões a este respeito concluíram que era um absurdo a lua ser azul, o que criou um novo significado para a expressão "lua azul": passou a significar "nunca". Com o novo sentido de ser algo muito raro, começou-se a dizer que a segunda lua cheia num mês era uma "lua azul".
A aparição da segunda lua cheia no mesmo mês é mesmo algo raro. A última ocorrência foi registrada em Julho de 2004; a próxima - após esta de Junho - será em Dezembro de 2009. O fenómeno nada mais é do que uma vulgar lua cheia no céu, mas é uma boa oportunidade para divulgar o gosto pela astronomia.
Apesar de o fenómeno já não ter relação com a coloração do satélite, conta-se que há registos na história de a lua realmente aparentar a cor azul. Em 1883, aquando da erupção explosiva do vulcão Krakatoa, na Indonésia, os gases e poeiras em expansão dispersaram-se pela atmosfera e fizeram com que a lua bem próxima do horizonte tivesse a aparência azulada. Isso foi visto em todo o mundo num período aproximado de um ano. Outro episódio semelhante ocorreu em 1951, quando um grande incêndio nas florestas do Oeste do Canadá lançou muitas partículas na atmosfera, criando o mesmo efeito semelhante ao do vulcão Krakatoa, mas visível apenas na América do Norte.
Retirado de Observatório Astronómico de Lisboa