E a mim convidaram-me pra lá ir, depois de ter tado a trabalhar na inauguração da Expo/98, mas eu pensava k akilo era só som e meninos da discoteca e tal, e eu tava era na onda da Huanita .
Até era sacrilégio ouvir musica dos computadores, ainda aguentei mais 2 anos até cair em tentação..
... também passei essa fase de negação, mas foi entre 96 e 97; todos, ou quase, todos os meus amigos já ouviam musica electrónica, nomeadamente goa trance, mas eu recusava-me sequer a dar-lhe uma hipótese!! Em Janeiro de 97 lá me conseguiram arrastar para uma daquelas festas de freaks, aqui em Setúbal, numa antiga fábrica da loiça abandonada... mas não me convenceu, aquilo era demasiado caótico para mim. Só mais tarde, em Setembro desse mesmo ano, dei o braço a torcer e lá fui à minha primeira festa de goa trance, no Seagull, Arrábida... e devo dizer que o argumento que me convenceu foi um dos amigos com quem ia ter-me dito com ar de gozo: "vê lá que até a minha mãe vai!!..."
Não me vou esquecer nunca do impacto que foi entrar naquela discoteca e ver o chão coberto de bolinhas de esferovite fluorescentes de várias cores... e o espanto ao ver um flyer feito em acetato transparente...
Oh tempo, volta para trás...
(Nã... gosto muito de estar aqui e agora!!! É bom recordar, mas a vida continua...)