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Mão Morta

06 de Março de 2009

 

 

Depois do êxito da apresentação e da bem sucedida itinerância do espectáculo «Maldoror», onde as marcações, o cenário e o guarda-roupa ditavam as regras, os Mão Morta regressaram à liberdade do clássico concerto musical onde exploram o seu longo repertório de canções e manifestos de «E Se Depois» a «Budapeste», passando por «Anarquista Duval», «Em Directo (Para a Televisão)» ou «Cão da Morte».

 

Bilhetes à venda: Lojas Fnac (Braga, Porto, Coimbra) e www.fnac.pt

 

Preço dos bilhetes:

15€ em pré-venda; 18€ no dia.

 

Mais informação

Bebam lá leite, vá!.... .

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https://www.elastiktribe.org/forums/topic/17097-m%C3%A3o-morta-25-anos/
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LISBOA

por entre as sombras e o lixo

[Adolfo Luxúria Canibal / Carlos Fortes]

 

Lisboa, Cais do Sodré:

Quando chega a noite

Com suas caras fugidias,

Olhos dilatados pelo assombro

Deixamos que a cidade nos invada,

Fantasma a embriagar-nos de luz e côr

Num sonho de mil e uma fantasias,

O desejo cruzando os neons

Em projecções plásticas...

 

O dealer roubou-me,

Levou-me a alma!

Rai's parta o dealer!

 

E se depois, ao acordarmos,

Acaso reparamos na escuridão que nos cerca,

No leve restolhar que vem do lúgubre canto,

Somos tomados por uma enorme letargia

Que nos deixa permeáveis

Ao frio da madrugada.

É então que as ratazanas,

Abandonando as trevas,

Ficam estáticas, silenciosas,

A verem-nos ir, equilibrando o passo,

Por entre as sombras e o lixo...

 

O dealer roubou-me,

Levou-me a alma!

Rai's parta o dealer!

 

Táxi!

Casal Ventoso, se faz favor!

Bebam lá leite, vá!.... .

BUDAPESTE

sempre a rock & rollar

[Adolfo Luxúria Canibal / Carlos Fortes]

 

Prólogo: Fecha os olhos e deixa-te conduzir.

Estás em Budapeste. Inverno de 91. Ano 1 da queda do comunismo. É noite desde as 3 da tarde. O tempo está frio, gelado. Olhas à tua volta e vês uma cidade escura, de belos edifícios decrépitos, ruínas, fachadas enegrecidas pela poluição. Por todo o lado, filas de vendedores do mercado negro. As paredes estão repletas de cartazes, numa língua impossível, indecifrável. Tu sentes-te perdido. Mas eu conduzo-te. Segue-me.

 

Cá vou eu no meu Traby

De bar em bar a aviar

Sempre a abrir a noite toda

Sempre a rock & rollar

 

Charro aqui charro ali

Mais um vodka p'ra atestar

Corro Peste corro Buda

Sempre a rock & rollar

 

As noites de Budapeste

São noites de rock & roll

 

P'las caves da cidade

São só bandas a tocar

Pondo tudo em alvoroço

Tudo a rock & rollar

 

Mulheres lindas de morrer

Mini-saias a matar

Não tem fim o reboliço

Tudo a rock & rollar

 

As caves de Budapeste

São caves de rock & roll

 

Cá vou eu no meu Traby

De bar em bar a aviar

Sempre a abrir a noite toda

Sempre a rock & rollar

 

Charro aqui charro ali

Mais um vodka p'ra atestar

Sempre a abrir a noite toda

Sempre a rock & rollar'

 

As noites de Budapeste

São noites de rock & roll

Bebam lá leite, vá!.... .

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