YÔGA

[white.dove]

Amigos, tive uma proposta do meu pai para me iniciar com ele no Yôga.

 

Alguém conhece? Alguém tem informação em formato compatível para colocar aqui?

 

Preciso de algumas dicas, estou à nora (vou já na 6ª feira à minha primeira aula) e gostava de perceber ANTES do que se trata exactamente.

 

De salientar que Yôga é diferente de Yoga.

Alguém me explica as diferenças?

 

Não sabia onde colocar esta questão, mas "Fórum Livre" pareceu-me o melhor.

 

Socorro e obrigadinha...

[Di ॐ]

Amiga a minha prima ja faz a um ano, ja lhe puz a questao tou a espera q ela me responda. Mal saiba qualquer coisita meto aqui Em setembro começo eu a fazer hehe..

 

 

OHMMMMMMMMMMMMMMMM

[nina]

Em relação às diferenças conheço duas respostas:

 

1) em sanscrito a letra O lê-se Ô

Este resposta foi-me dada por um instrutor de yoga e de meditação zen que tive em Coimbra. Este Sr já passou várias vezes pela Índia onde teve contacto com vários Yogis. Tenho mta confiança nele.

 

2) O mestre D' Rose afirma que a diferença entre Yoga e Yôga é que a primeira é meramente a parte física (exercícios físicos, posições de Yoga, as chamadas "Assanas") dentro duma filosofia de vida. Essa filosifia de vida será então o Yôga.

 

Eu acredito na primeira explicação, embora, sem dúvida exitam nomes diferentes para as diferentes práticas de Yoga. Por ex., Rajha Yoga, Pranayama Yoga, entre muitas outras que não me lembro ou que desconheço. Isso sim, as distigue como sendo por ex. umas de componente mais física, outras mais de controlo de respiração, outras mais de meditação, etc.

 

Se deves ou não fazer?...acho que nem devias pensar duas vezes. Mesmo que não gostes à primeira ( que duvido ) penso que não deves desistir logo. O Yoga é uma aprendizagem, vai-se sentindo, algumas sessões podem não dizer muito, mas outras dizem por demais. Eu tive a sorte de compreender e sentir os seus efeitos desde a primeira x que fiz, mas nem sempre isso acontece.

 

Qdo finalmente se sente, é muito bom, mesmo

 

Aproveita!!!!

[white.dove]

Obrigada, queridas!

Toda a info é bem vinda, estou cada vez mais entusiasmada!

 

Ai, ai... (suspirando)

 

...falta muito para sexta feira? (suspirando outra vez)

 

É que preciso tanto de paz interior...

[nina]

 

Dps conta!!!!!

[Sérgio Walgood]

Já ha muito que ando curioso com o yôga, costumo fazer exercicios de meditação e respiração em casa mas nada assim muito profundo, adorava poder praticar yôga mais a serio mas é tao caro

 

Boa sorte white.dove, espero que gostes muito e que consigas encontrar o teu ritmo interior com a pratica de yôga

[Ohm_La_Da_Terra]

de momento so pratico meditação activa ihihii

Mas tenho muita curiosidade no yoga força nisso white Dove!

[harekrishna]

Hello WD, aqui vão mais umas dicas......

 

 

Yoga é um método, um conjunto de técnicas corporais e mentais que visam o fortalecimento do corpo e o bem-estar físico e mental, podendo estes últimos servir de base e contribuir bastante para a saúde ou a felicidade.

O yoga ocupa-se do homem como um todo... espiritualmente, mentalmente e fisicamente.

Yoga é auto-conhecimento, é tomada de consciência, é a descoberta do nosso corpo e mente... yoga é vida.

Yoga é, então, uma viagem pessoal, em harmonia com tudo e todos, um conjunto de viagens pessoais, porque cada yoga é pessoal, porque cada corpo é diferente.

Yoga é luta, determinação, perseverança, tenacidade e persistência; yoga é vitória, é sucesso, é realização.

Com o passar do tempo, e quanto mais praticamos, mais nos auto-conhecemos e mais descobrimos acerca de nós mesmos... quais os pontos fortes, quais os pontos fracos, e vamos tomando consciência daquilo que mais precisamos desenvolver, sabendo onde devemos concentrar o nosso yoga.

É inevitável sentir o nosso corpo reagir a cada asana, a cada respiração ou a cada aula; é inevitável sentir o prazer, a força, o bem-estar que esta ou aquela postura nos proporcionou; é inevitável comparar exercícios e concluir quais serão os mais adequados para nós e, à medida que vamos progressivamente ganhando essa sensibilidade, ninguém estará em melhor posição para avaliar aquilo que carecemos retirar do yoga.

Neste nível, talvez seja importante esquecer um pouco a “fidelidade” inerente à relação tradicional mestre/aluno e deixar a exclusividade dedicada ao seu estilo de prática... talvez seja importante conhecer, pesquisar, experimentar e descobrir o yoga, que por entre estilos, escolas, classificações e tipos, se desdobra num conjunto de yogas, yogas estes, que em alguns casos são defendidos e proclamados como “o único yoga válido” ou “o melhor yoga”, por vezes até, a fazer lembrar o fanatismo religioso.

Neste mundo de união que é o mundo do yoga, e apesar das divisões, do protagonismo e da comercialização e exploração indevidas, é importante sentir a verdade de cada yoga e perceber em que aspectos eles se podem complementar entre si, ou até perceber quais deles se adequam mais a nós próprios.

A partir daqui, e após conhecer algumas das infindáveis variantes, é possível ganhar noção do panorama geral do yoga que, talvez por ter origens tão antigas e ter actualmente um alcance mundial e transversal a quase todas as culturas, se tornou tão vasto e diversificado. É possível ver que todos os yogas têm uma base em comum... todos visam o bem-estar duma maneira ou outra.

Quando adquirimos tal nível de experiência que nos permite estar completamente envolvidos pelo yoga e pela sua filosofia, que nos faz querer cada vez mais e que nos dá a sensibilidade para avaliar e orientar o nosso percurso no yoga, é natural que sintamos a vontade de praticar também fora das aulas.

A prática solitária é talvez o grande empurrão necessário para ganhar embalo na evolução como yogui.

O papel do mestre é importantíssimo, quer no aperfeiçoamento técnico, no incentivo ao aluno, ou como exemplo e prova viva de que o yoga ao fim de alguns anos de prática nos torna melhores (porque não basta fazer muito bem todas as posturas para ser professor); no entanto, torna-se mais difícil aos olhos exteriores avaliar o “bom yoga” para cada um, pressupondo aqui que o que conta não é o aspecto exterior ou a técnica, como em qualquer arte marcial ou desporto.

De facto, é o próprio praticante que sente o “bom yoga” para si mesmo e a partir de certo nível está apto e tem a experiência necessária para começar a praticar também sozinho; pela sua dinâmica e energia, nada substitui uma sessão em grupo (ou a prática de posturas a dois que também é muito interessante), mas sozinhos podemos optar pelos exercícios que naquela hora mais necessitamos. Para além disso, temos maior liberdade de tempo, variamos o local de prática e podemos complementar o esquema seguido nas aulas que poderá ser porventura limitativo.

Dependendo do corpo, idade ou sexo, teremos a necessidade de trabalhar mais ou menos a força, o equilíbrio, a resistência mental ou corporal, ou até a respiração... numa aula torna-se impossível agradar a todos.

Apesar do esforço e criatividade louváveis que um professor possa ter, a prática individual é um importante aliado, bem como a experimentação de vários estilos e exercícios de yoga... porque o yoga é só um... o de cada um.

[white.dove]

Valeu, Alex!

Linda!

[white.dove]

tou tisti.

afinal é só de sexta a oito... buaaaah. :toosad:

[Cookie]

White, isso é aonde??

[white.dove]

É em Sacavém, onde mora o meu pai.

[Di ॐ]

Para os elastikos c curiosidade em practicar q estao perto da margem sul axo que ha uma sitio bem bakano ao pé do cristo rei... eu quero ver se começo na proxima epoca;)

[white.dove]

Afinal já vou outra vez.

Fónix, o meu pai não existe mesmo... :Lolol:

 

...mas pronto, devo-lhe a ele esta oportunidade.

[Cookie]

Sim, vai lá meditar!!

 

...para ver se te acalmas. :weed:

 

...eu vou hoje receber mais energias, para ficar ainda mais eléctrica!!

[white.dove]

Om mani padme hum.

 

Estou em estado de graça, beijinhos.

[white.dove]

Só sei que esta semana passou num tirinho.

Amanhã lá estou eu, toda de branco outra vez!

[Satthyia]

YOGA, UMA FILOSOFIA

O yoga é uma prática milenar que, na antigüidade, era passada apenas de mestre para discípulo e a meta era harmonizar-se (mente, corpo, emoções) para atingir o estado de bem aventurança. Um grande sábio, chamado Patanjali, estabeleceu oito ensinamentos a serem seguidos; são eles:

Yama e Niyama que são básicos ( normas de condutas externas e internas). “A estrutura de uma casa não pode ser construída em solo arenoso”. Podemos dizer que são valores desenvolvidos e trabalhados todos os dias, que formam o nosso caráter.

Yamas são 5 regras e direcionamentos, baseados em princípios. Yama nos direciona em nossa evolução espiritual. São regras externas, ou seja, orientam o relacionamento do indivíduo com o outro, com a sociedade ou com o grupo. Podemos considerar valores morais e éticos.

1º Ahimsa – Não violência – vivê-la diariamente em atos, palavras e pensamentos consigo e com as outras pessoas. Não matar. Um yogue acredita que toda criatura tem tanto direito de viver quanto ele! O trabalho de ahimsa libera a pessoa do medo e da ira que rebaixam a mente.

2º Satya – Verdade. Viver e seguir a verdade a todo momento. O desenvolvimento deste valor retira o homem do estado de ignorância, preguiça e maldade.

O homem que vive desde as pequenas até as grandes situações de sua vida alicerçado na Verdade, torna-se cada dia mais forte e próximo de Deus.

3º Asteya – Integridade – não roubar. A cobiça aprisiona o homem ao desejos e o leva a agir de forma corrupta. O homem íntegro não se divide, não se corrompe e não se desvirtua de seu caminho. É completo e uno com Deus.

4º Brahmacharya – Uso responsável e disciplinado de sua energia sexual, ou seja, não fazer uso abusivo de sua energia sexual ou vital, ter o controle dos instintos. Não ser promíscuo. A energia sexual e vital é a mesma energia que podemos canalizar para o sexo, bem como, para qualquer outra atividade. Portanto deve-se conter o uso indiscriminado dessa energia.

5º Aparigaha – Desapego. Acreditar que Deus nos provê e nutre. Fazer o nosso melhor agora, confiar e entregar. Não temos o controle de nada e sobre ninguém. Portanto, devemos evitar o ciúme e a inveja.

Niyama são disciplinas internas:

1º Saucha - pureza do corpo externo com os asanas, pranaimas e assepsia e, internamente, manter-se alegre e engajado nas meditações e mantras.

2º Santosha:- contentamento.Dá ao homem a bem aventurança insuperável; “Um homem contente é um ser completo.

3º Tapas:- autodisciplina , é todo o esforço consciente para seguir o seu caminho espiritual.

4º Svadhyaya:- Autoestudo. Autoanálise, onde o homem enxerga seus erros e os corrige. Muda de comportamento perante a vida à medida em que aprende e cresce. É importante ouvir o corpo e seus sentimentos.

5º Ishvara pranidhana: entrega de suas ações e vontades a Deus. Quando ocorre uma real entrega, a alma atinge a sua maturidade.

Asana – Quer dizer postura. Trabalho corporal que visa o controle da mente, do intelecto, do EU. É isso que o diferencia de uma ginástica. Yogue requer concentração. O corpo é um veículo da alma, ele é um instrumento de aperfeiçoamento do espírito. Não existe crescimento espiritual em detrimento do corpo ou vice-versa. Nosso corpo expressa nossa personalidade e o momento que estamos atravessando. Ele demonstra como recebemos os desafios da vida e expressa também nossas emoções.

A vida é feita de posturas, ninguém foge disso. Vivemos num mundo de ação e reação. Uma má ação repercute em sofrimento, uma atitude bondosa e desinteressada semeia paz e harmonia e, se perante uma determinada situação, você não se posicionar, responderá pela omissão. Ação é corpo também. Se você está tenso, o corpo expressa esta tensão em dores físicas, as emoções da mesma forma. Portando o corpo trabalhado é um corpo saudável, um convite à paz tão necessária para a meditação, a meta final no yoga Como meditar, se seu corpo está doente? Como meditar se você está deprimido ou preocupado? Os asanas trabalham o corpo no intuito de harmonizá-lo.

Pranayama Prana significa respiração, energia, e yama significa controle. A inspiração é chama puraka. A expiração rechaka e as retenções kumbakas. Através da respiração nos assimilamos oxigênio ( e algumas impurezas também) e energia vital, que está presente no ar em grande quantidade e nos alimentos também. Esta energia percorre canais e vai se distribuindo por centros energéticos no corpo. Portanto, quem respira melhor, tem mais disposição, mais força, mais entusiasmo, maior brilho nos olhos, mais vida, pois está com mais energia. Os pranaymas purificam o corpo, limpando as toxinas, ampliando sua capacidade pulmonar e acalmam, limpando os maus pensamentos e agitações, ajudando a sua concentração. O pranayma induz você a um estado mais elevado de consciência, apropriado para praticar yoga.

Pratiahara Tem por objetivo o controle dos sentidos. O homem deve procurar saciar suas necessidades e não suas carências porque estas são ilimitadas. A consciência se manifesta de três formas ou tendências sendo que o yogue procura aquela que o aproxima de Deus : Sattva a qualidade que leva você à serenidade e ao desenvolvimento espiritual. Os pensamentos, ações, desejos são orientados pela retidão, pelo amor à integridade e tudo o que o mantenha puro no seu desenvolvimento. Rajas tendência que torna a pessoa ativa demais, tensa e voluntariosa. É movimentada pelas paixões, procurando apenas a satisfação de seus sentidos. Tamas é a tendência que leva o homem à preguiça, à ignorância, ao ódio, à escuridão, à ilusão e aos vícios que o aprisiona ao mundo dos sentidos. Estas tendências se apresentam no homem e o objetivo de trabalhar pratiahara é superá-las e alcançar a equanimidade e plenitude com o divino, não sendo mais perturbado pela dor ou pelo prazer, ou seja, a emancipação de sua alma.

Dharana Este é um estágio de concentração. A mente é formada por pensamentos sutis e fugazes. A mente é difícil de parar. Muitas vezes a mente muda de um estado para outro, dispersa, agitada, desorganizada, entorpecida, concentrada em algo, ou obsecada por algo. Quando os sentidos vagam em pensamentos desejosos, a mente também o faz, perdendo a clareza e a sabedoria. A mente precisa ser orientada para que o bem reine, e isto ocorre pela devoção e concentração no divino. Recomenda-se a concentração no símbolo e mantra Aum (Om) que harmoniza e promove a sua ligação com o divino.

Dhyana é o estado de meditação. Só depois dos outros estágios trabalhados será possível vivenciar a verdadeira meditação. É impossível meditar com um corpo doente, com pensamentos agitados e confusos, coma as emoções desarmonizadas. A meditação é a parada dos pensamentos, onde corpo, emoções e a alma se fundem no objeto de sua adoração, o divino que mora em seu coração, através de uma profunda concentração. Existem várias técnicas de se meditar. Porém a sensação, quando há uma verdadeira entrega, é de alegria e bem-aventurança, um estado de realização interna. De harmonia, paz e felicidade que são vivenciados no ultimo estágio: samadhi.

 

 

Samadhi No estado de samadhi há uma espécie de adormecimento de seus sentidos e do corpo, porém sua mente está consciente. Há um desligamento com o agora (quem eu sou, minha personalidade, meus problemas ...)e uma fusão com o divino. Um grande silêncio e felicidade. É um estado de profundo amor. É o último e o mais avançado estágio de meditação.