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Rock in Rio 2008


Edward
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Tickets a 53 Euros...

 

Mereceu a pena ???

Esta é a questão que vos ponho.

 

 

Aqui vai o meu review:

 

Rock in Rio. Último dia, sexta-feira.

 

Cheguei ao recinto às 18.00h.

Um mar de gente que por vezes dificultava a circulação em alguns “troços”, e longas esperas em filas, sobretudo nas de ofertas. Estavam 90 mil pessoas no recinto segundo a organização.

Curiosamente os bares estavam sempre cheios mas nunca esperei mais de 10 minutos para ser atendido. Cerveja de copo pequena a 2 Euros e a de 0.5l a 3 euros. Sandes de carne assada ou de atum a 4 euros. Um pacote de batatas fritas dos pequenos 2 Euros, mas ninguém parecia preocupar-se muito com isso, pois na verdade as sandes e alguns refrigerantes esgotaram antes do final do evento.

O pó foi uma constante. Estava algum vento e como a relva já tinha desaparecido há muito, por vezes tornava-se complicado e algo desagradável passear por lá, sobretudo nas zonas mais altas do recinto. Via-se lá muita gente com lenços e outras cenas à volta do nariz e da boca. Os copos tinham que andar sempre tapados, senão em pouco tempo ficavam cheios de partículas estranhas que não constavam nos ingredientes.

 

Fui até ao palco Mundo ainda não era 19.00h. Estavam os Orishas a tocar. As vozes estavam bem sincronizadas mas o estilo rap/hip-hop misturado com ritmos cubanos não me soou muito bem. No entanto tinham uma plateia muito bem composta.

 

Passei para o palco Sunset para escutar ao vivo e pela primeira vez no meu caso, a banda Buraka Som Sistema.

Aquele misto de Kuduro com Electro encontraram na assistência uma muito boa receptividade e isso percebia-se na disposição das pessoas. A brasileira que actuou com eles tem uma grande voz, e foi importante no resultado final da actuação. Não nos podemos esquecer que estavam a actuar em casa. Chelas…

Ouviu-se bem, dancei e diverti-me, apesar de achar desnecessárias algumas c-r-lh-d-s que o vocalista da banda de vez em quando lá mandava mas ninguém se mostrava afectado… Vi lá algumas "dançarinas" na plateia muito entusiasmadas com o ritmo… Buraka rules !!! Mai nada.

Sem dúvida que a assistência fez a festa e os Buraka retribuíram com muita vivacidade…

 

De volta ao palco Mundo os Kaiser Chiefs.

O vocalista tem uma energia do caraças. Corria de um lado para o outro dançava, cantava, gritava, criando com a banda ritmos muito indicados para dançar e saltar contagiando a multidão. Utilizaram refrões que a malta aderia com palmas coordenadas e milhares e milhares de braços no ar.

Gostei da interacção que conseguiram criar com o público.

 

Os Muse estiveram pouco tempo em palco. Uma hora se tanto. O vocalista é um espectáculo e além disso faz grandes solos com a guitarra e também toca piano. Têm um som algo sinfónico, por vezes quase épico. Não sei porquê de vez em quando lembrava-me dos Queen. Os efeitos especiais no ecran gigante atrás da banda estavam muito bem. O público aderiu e eu também gostei. O que já não gostei tanto foi dos empurrões que de vez em quando quase esmagavam o pessoal. Os que estavam junto às grades devem ter passado um mau bocado.

Em termos de Rock, estes foram os meus preferidos.

 

Os The Offspring não têm decididamente um som que eu aprecie. Têm uma música muito rápida quase que violenta. Não é um estilo que me atraia muito. Punk/ Rock. Que me desculpem os fans.

Fui dar uma volta.

 

Na tenda electrónica estavam Sasha & Digweed …

Estive lá pouco tempo cerca de uma hora no total, em dois períodos diferentes.

Trabalham bem em dupla e apresentam sons muito interessantes alternando com outros mais repetitivos e monótonos, mas mantendo os baixos sempre muito bem “afinados”. A técnica deles foi o que mais me impressionou. Fazem umas mixes muito potentes. Por vezes o que vinha a seguir nem sequer era nada de especial na minha opinião, mas as mixes eram na maioria das vezes mesmo poderosas com grandes entradas.

O local também estava "louco" com as bailarinas vestidas de branco sempre muito activas lá no alto, que juntamente com as projecções em ecrans circulares mesmo por cima delas, davam um ar sofisticado e algo “mutante” à cena para quem não está muito familiarizado com estas "ondas"…

Não era raro ver pessoas paradas de mãos em baixo nalgumas zonas da pista com a boca ligeiramente aberta a vê-las… Verdade !! Devia ser a primeira vez que viam uma coisa daquelas…heheh ”Tou” a ser mauzinho e a esquecer-me que eu também provavelmente já fiz figuras daquelas. .hehehe para mim também!!

O som estava muito bem distribuído e alinhado. Salvo erro eram 6 os pontos com a distribuição sonora. Estavam a cerca de 3 metros de altura ligeiramente inclinados para a pista.

Apesar do vento, das interferências sonoras das outras actuações, dos anúncios dos pavilhões adjacentes etc, quando se entrava naquela “sala” sem paredes, o som que se ouvia era o do Dj.

Se não se ouvia melhor era porque parte da assistência era um pouco ruidosa, o que é natural em eventos deste tipo.…

Ainda desenferrugei os ossos, e os que estavam comigo também gostaram, mas Linkin Park era para eles o ponto alto e tive que ir…

 

A moldura humana era incrível… Lá à frente a maluquice era total e creio que roçou o perigo…Mais que uma vez alguns tiveram que ser retirados das grades pelos seguranças porque já estavam a “asfixiar” com a pressão…

É na minha opinião muito arriscado, pessoas mais “fracas” irem para junto ao palco nestas enchentes com este tipo de público, (maioria com menos de 25 anos). Digo eu!

 

Linkin ParK deram show…Milhares e milhares de pessoas a cantarem do princípio ao fim algumas músicas e praticamente todos os refrões… Os mais novos estavam nas suas sete quintas…

Não são bem o meu estilo de Rock, mas admito que são excelentes artistas. O vocalista até caia de joelhos a puxar pela voz até ao último fiozinho de ar que ainda tinha nos pulmões… Até mudava de cor…Nos ecrans gigantes dava para perceber bem o seu desempenho bem como da restante banda.

O baterista também nos presenteou com uma boa demonstração a solo dos seus atributos na percussão. Muito bom.

O homem das teclas pôs a bandeira de Portugal na frente do piano/orgão.. Aí ganhou logo pontos. Depois cativou completamente a multidão ar ir cantar para junto deles… Foi a loucura total… Também mostrou que é muito bom na arte de teclar, e a sua importância no grupo.

Foram dois espectáculos. A banda… E o público.

Uma coisa digna de ser vista.

 

Depois de comer qualquer coisa, fui novamente à tenda electrónica que não tinha tenda…Era ao ar livre…

Quando lá cheguei apercebi-me que era completamente impossível chegar à pista e fiquei-me por perto. Estive lá cerca de meia hora e até ao final.

Não vi quem estava a passar som, em princípio seria o Dj Vibe … Eu digo "seria" porque se realmente o era estava irreconhecível….

Música a correr sem trazer nada de novo durante dois e mais minutos…

Lá apareciam depois umas teclazinhas tímidas no meio dos acompanhamentos, mas sem vida…. Depois voltava numa onda semelhante mas com umas linhas muito previsíveis e simplificadas… Seria mesmo ele??

Nas duas últimas malhas lá saiu qualquer coisa com classe e parecia que ia aquecer, mas não. Eram quatro horas e acabou.

 

Em resumo…

Uma verdadeira cidade do Rock, mas uma cidade para pessoas de posses, ou para os que sejam incondicionalmente fans das bandas que lá vão actuar…

Têm sem dúvida boas condições, move muito dinheiro para a câmara e afins, mas não deixa de ser um pouco caro para a carteira da maioria dos portugueses, não sendo portanto um espectáculo para todos, mas para alguns…

Não vou dizer que não irei no próximo, até porque nem sei quem serão os artistas, mas tenho que confessar que dou mais depressa 20 ou 25 Euros para uma festa de Trance no Verão, no mato, mas bem Organizada do que para o RiR.

A diferença é que eu não levo “crianças” de 12 anos quase 13 para o Trance...

Opiniões…. Valem o que valem!!

 

Enfim...Foi uma maratona de 10 horas de um lado para o outro...

A energia teve que ser gerida e o recurso da RedBull foi utilizado...

Correu tudo bem, mas não posso dizer que foi do melhor que já tenho assistido....

Bons artistas, mas não são a minha onda....

 

Gostos!!

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  • 2 weeks later...
  • 5 months later...
  • 2 months later...

Eu fui a todos os dias do RIR (Pass VIP a mamar a grande todas as noites :yahoo: ) e digo-vos as melhores actuações que vi foram as de Muse (con certo espectacular, não fossem eles das minhas bandas preferidas) Joss Stone (a miuda tem uma voz e uma presença! É simplesmente linda em todos os aspectos!), Buraka Som Sistema! (embora estivesse todo fodido com uma beza e uma directa em cima, Buraka conseguiram pôr-me a bombar à grande na linha da frente). Quanto à tenda electronica que foi que me motivou mais no RIR, achei uma actuação absolutamente explosiva de Axwell, o homem partiu tudo mesmo, a comprovar porque é dos melhores dj's da actualidade! Diego Miranda espantou-me, fez-me uma exelent actuação, das vezes que o tinha ouvido tinha achado muito fraquinho mas no RIR deu mesmo um grande espectaclo. gostei muito tambem da actuação do Carlo Dallanese sons muito alegres, Crsytal Method que não conhecia surpreenderam-me bastante, sons pesados bem dançantes! Ainda tive opurtunidade de ouvir "firestarter". O dia de Carl Cos foi um mau dia na tenda electronica, nunca vi um ambiente tão mau em toda a minha vida.

Adorei o festival, bebi bem, comi bem, ouvi grandes sons e diverti-me imenso!

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